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Jogo com os anões ocorreu esta manhã (Fotos: Portal Infonet) |
Um jogo de futebol entre os anões de Itabaianinha e médicos, que integram a equipe do médico que Manuel Hermínio, estudioso em nanismo no Estado, ocorreu na manhã desta sexta-feira, 22, na Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB). O objetivo do evento foi proporcionar um momento de integração e descontração entre as duas equipes, além da quebra de barreiras e preconceitos.
O encontro, que é proporcionado pelo médico Manuel Hermínio, que há 18 anos trabalha com a comunidade de Itabaianinha, é também um momento de inclusão social para os anões. Para o médico, o momento é propício para discutir sobre a deficiência física. “Eu trabalho e estou ao lado dessas pessoas desde 1994, quando iniciei meus estudos. Nosso objetivo sempre foi descobrir o por quê de a cidade de Itabaianinha ser a capital mundial do nanismo. Após anos e pesquisas, verificamos que os anões eram oriundos de uma zona rodeada por serra, onde provavelmente foi introduzindo um gene recessivo que causa o nanismo. A introdução desse gene numa comunidade isolada fez com as pessoas, com a cópia do gene alterado, causou a proliferação do nanismo, já que como estavam em local isolado membros da mesma família se casavam e o fenômeno foi aumentando”, explicou.
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Médico Manoel Hermínio |
O presidente da associação dos anões de Itabaianinha, José Antônio Nascimento, entende que as atividades físicas, as quais devem ser submetidas, são importantes para que a os anões tenham melhor qualidade vida. “Nós precisamos de hormônios do crescimento dentre outros incentivos que nos ajudem a viver melhor. A atividade física reduz e muito as dores que sentimos nas articulações. É bom saber que tem pessoa que se preocupam com a nossa saúde e com a gente como seres humanos”, reconhece, José Antônio Nascimento.
Recursos
Os anões estão na expectativa para receber até o próximo ano uma academia de ginástica e uma oficina de móveis adaptados. No município, de cerca de 38 mil habitantes, há um anão a cada 300 moradores, segundo o IBGE.
O projeto-piloto, no entanto ainda não saiu do papel, já que, conforme informou a coordenadora das Políticas Estaduais de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Raquel Pacagnella, o recurso destinado a este fim foi utilizado para um evento em Brasília para tratar da questão.
Por Eliene Andrade
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