José Queiróz exige Tricolor na Série C

O patrono do Itabaiana, José Queiróz da Costa, exige que o Tricolor dispute a Série C do Campeonato Brasileiro. Segundo o dirigente, o clube só atingirá a Série B se competir. “Em 1998, o time foi desclassificado após a derrota para o Anapolina. Naquele ano, o São Caetano, que tinha o mesmo nível do Itabaiana, alcançou a segunda divisão”, disse Queirós, acrescentando que quem pode dizer se a equipe irá participar da competição é o presidente Alberto Nogueira e não um diretor qualquer sem consultar o conselho e a torcida. Queirós ratifica o seu ponto de vista, afirmando que agora o Itabaiana conta com o patrocínio do Banese, da prefeitura da cidade e dos torcedores. Com esse apoio, ele não vê motivos para não disputar. “Nós não tínhamos essas condições, quando em 1998 terminamos a terceira divisão entre os três primeiros colocados”, destacou. Na opinião José Queiróz, o Tricolor pode até perder por não ter um elenco superior aos demais. Entretanto, ele deu a receita para ser o melhor: basta escolher um treinador competente, um preparador físico da qualidade de Sérgio Dória, que fez parte da campanha vitoriosa, que culminou na conquista do titulo estadual e escolher atletas que possam compor o elenco em condições idênticas, ou seja, do mesmo nível técnico dos demais. Com relação ao atual estágio do futebol sergipano, Queiróz revelou que é reflexo da situação nacional. “Não se pode corrigir aqui, quando os exemplos em nível nacional, que envolve federações e CBF, estão ultrapassados a começar pelas eleições da Confederação Brasileira de Futebol e das próprias federações sem a participação dos clubes que disputam competições”, disse ele, ressaltando que onde os caixas da à água se elegem as custas das ligas do Rio de Janeiro e utlizando-se de estatutos caducos e superados contrários não só a antiga Lei Pelé, que não chegou a ser implantado na sua plenitude, mas ainda resta a esperança é que o atual ministro de esporte consiga a aprovação do “Estatuto do Esporte”em tramitação no congresso nacional da mesma forma que impôs a lei do “Estatuto do Torcedor”. Sobre o Estatuto do Torcedor, Queiróz disse que é o primeiro grande avanço da legislativa esportiva do Brasil. A prova disso foi à reação da CBF, quando tentou suspender a rodada do Campeonato Brasileiro, o que não aconteceu pela firmeza do ministro dos Esportes, que a lei foi feita para ser cumprida. De acordo com Queiróz, os pontos polêmicos são os sorteios dos árbitros. Entretanto, na sua opinião é uma medida que veio para moralizar o futebol, uma vez que os apitadores devem representar os melhores, não sendo preteridos em benefícios dos outros. “Só ocorrerão erros se asa federações não colocarem nos quadros da FIFA árbitros que não reúnam condições de participar do sorteio”, destacou. Ainda sobre o Estatuto do Torcedor, Queiróz afirmou que a exigência na lei da publicação mensal dos balancetes das entidades e dos clubes tornará para o torcedor a transparência das suas atividades, eliminando os salvadores do esporte. Outro ponto fundamental da lei destacado por ele é a segurança exigida nos estádios, mesmo se sabendo que é um processo educacional do que punitivo, mas há determinação para a exclusão das praças de esportes os elementos que praticarem atos de violência. “Os elementos que transgredirem a lei serão proibidos de irem aos estádios”, disse Queiróz, ressaltando que outras determinações do estatuto do Torcedor se forem cumpridas dará um avanço substancial em todos os setores até que seja promulgado o Estatuto dos Esportes. José Queiróz da Costa exerceu o mandato de deputado federal por Sergipe no período de 1986 a 1990, onde foi membro da Comissão de Esporte na Câmara Federal juntamente com o ex-presidente do Flamengo, Márcio Braga. No final da entrevista, Queirós elogiou o trabalho do comentarista Wellington Elias, da Rádio Jornal AM e afirmou que o “Diabinho” é o melhor cronista esportivo de Sergipe e apesar da idade continua sendo uma pessoa atualizada e dinâmica.