México vacila, mas faz seu dever e goleia Fiji por 5 a 1

México marca: massacre na Fonte Nova (Fotos: Igor Matheus/ Portal Infonet)

Foi mais ou menos o que todos esperavam. Atual campeão olímpico, o México fez valer sua tradição e pisoteou o fraquíssimo Fiji por 5 a 1 na Arena Fonte Nova neste domingo, 7. Só Gutierrez marcou quatro gols – o que o põe entre os artilheiros dos Jogos. A vitória dá ao México a liderança temporária da chave C do futebol olímpico masculino. Enquanto isso, Fiji continua em último, mas em ritmo de festa: pela primeira vez, o time marcou um gol em um torneio olímpico.

O confronto começou sem grandes oportunidades pra ninguém – inclusive para o México, de quem se esperava a tranquilidade de quem conduz um treino. Mas aos 10 minutos, a zebra relinchou em Salvador. Após lançamento longo de Verevou da esquerda pra direita, Krishna cabeceou de primeira por cima do goleiro Talavera e a bola foi quicando para o gol e para a história do futebol: Fiji 1 a 0 em cima do México.

Empurrados pela torcida, os fijianos se arriscaram a fazer gracinhas. Dribles curtos na defesa, roubadas de bola a la time latino, canetas. E cada vez que o azarão recuperava a posse de bola ou metia pra escanteio, era uma festa. Já o México, muito lento, parecia mais nervoso pra fazer o gol do que o Fiji para se defender. E tome “olê, olé, olé, Fijê, Fijê” na Fonte Nova – e, é claro, “olé” com 25 minutos de jogo.

Fiji abre o placar: azarão leva torcida ao delírio

Aos 32, o especialista em perder gols Lozano recebeu na pequena área, mandou um tirambaço e Tanamisau espalmou para delírio do estádio. Do outro lado, Fiji fazia valer seu arriscado 4-3-3. Aos 37, o time da Oceania chegou a encaixar uma jogada ensaiada que terminou em um cruzamento perigoso na pequena área, mas ninguém apareceu pra finalizar. A sorte também ajudou o azarão: aos 43, Gutierrez, embaixo da trave, chutou em cima da zaga – só escanteio. E Fiji terminou um primeiro tempo olímpico na frente pela primeira vez.

No segundo tempo, o México entrou decidido a se aliviar imediatamente. E o fez com gol ilegal. Aos dois minutos, Cisneros tentou recuperar a bola da linha de fundo, – sem conseguir, mas o juiz não viu – mandou a bola pra área e Gutierrez fuzilou dali mesmo: 1 a 1. Oito minutos depois, veio a virada. Lozano serviu Gutierrez na esquerda, e o camisa 15 mandou a canhota. A bola bateu na trave, entrou e decretou a vantagem mexicana: 2 a 1.

Dois minutos depois, Gutierrez aproveitou cruzamento de Cisneros na pequena área e mesmo marcado tocou rasteiro pra dentro: 3 a 1 – e uma goleada começava a se desenhar. Mas a partir dos 16 minutos, só deu Fiji: com três escanteios seguidos, o time apertava o México. O problema é que foi só um instante de calor. Porque aos 21, após escanteio e desvio na pequena área, Salcedo tocou pro gol. O fijiano Khem chegou até a tirar, mas a bola havia mesmo entrado inteira: México 4 a 1. Ainda teve espaço para outro de Gutierrez – por sinal, um golaço. Depois de receber na intermediária, o camisa 15 encobriu o goleiro e fez o gol mais bonito da partida: 5 a 1.

Gutierrez e companheiros comemoram: quatro gols

Então os dois times lembraram que estavam jogando às duas da tarde – e as jogadas passaram a ter metade da velocidade. Desgastadas, as equipes não renderam grande coisa. Mas o México chegou a dar dois sustos: o primeiro em um chute de Gutierrez pra fora aos 43; e o segundo em um gol perdido por Peralta aos 45 que ficará na cabeça do camisa 9 por muito tempo. E o placar da goleada ficou intocado.

Por Igor Matheus
De Salvador/ BA

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