Multicampeã, faixa-preta de jiu-jitsu pede patrocínio

Alliny e suas conquistas: 2016 vitorioso (Foto: Igor Matheus/ Portal Infonet)

Existem apenas cinco mulheres faixas-preta de jiu-jitsu em atuação em Sergipe. Alliny Karen é uma delas. E não é apenas isso: graduada há quase dois anos pelo mestre Ivan Lima, da Nova união, Alliny também é a que mais compete – e vence: só em 2016, a atleta conquistou oito medalhas em competições fora do estado, cinco das quais de ouro. Apesar do alto nível de seu desempenho, a atleta segue em luta “amarrada” contra seu maior adversário no momento: a falta de um patrocínio fixo.

“Já deixei de participar de várias competições. Luto em um evento em um dia e só volto a lutar depois de três ou quatro meses. Isso quebra muito o ritmo. Gostaria de viajar todo mês para competir, não para passear. Meu objetivo é representar meu estado, garantir minha medalha e voltar”.

Acostumada: sergipana subiu no lugar mais alto do pódio cinco vezes fora do estado

Medalhista de praticamente todas as competições que disputou este ano, Alliny tenta manter sua agenda de competições repleta para não perder o foco. “Farei uma luta casada com Sibele Lima em Maceió, vou participar do Open GMA aqui mesmo em Aracaju e ainda vou ao Sul-americano em novembro”. Alliny destaca ainda que seu maior desafio é conseguir ir ao Campeonato Europeu entre os dias 18 e 22 de janeiro de 2017. “Não deixo de treinar”.

Uma das atletas mais graduadas de sua geração – ela também é faixa-preta 2º Dan de karatê e ainda é faixa-roxa de judô –, Alliny ressalta que tem consciência de seu potencial e espera encontrar quem também acredite nele. “Já mandei várias mensagens para empresas e quem me acompanha sabe que divulgo marcas em redes sociais, faço minha parte. Talvez o que falta é o empresário acreditar mais nos atletas sergipanos”.

A faixa-preta pronta para a luta: "empresários precisam acreditar mais nos atletas"

A faixa-preta também destacou seu desempenho no ano de 2016 – um dos mais vitoriosos de sua carreira. “Foi um ano muito produtivo. Fui bronze no Brasileiro e poderia ter sido bicampeã, mas com os demais títulos que trouxe mostrei que estou evoluindo. Estou melhorando nos meus treinos e tenho apoio para treinar. Não pago nem academia, nem crossfit nem jiu-jitsu. Não tem como não evoluir com essa disponibilidade de material”.

Com nada menos que 10 anos completados de dedicação à Arte Suave, Alliny comemora a insistência que a transformou em uma vencedora na arte marcial. “Pensei que fosse desistir no primeiro ano. Lembro como se fosse hoje quando comentei com meu primeiro mestre, Luciano Vieira, que eu iria parar se minha orelha estourasse [risos]. Achei que não iria gostar, mas hoje sou faixa-preta e completamente apaixonada pelo jiu-jitsu. Foram 10 anos em que aprendi muito”.

Por Igor Matheus

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais