O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) informou nesta sexta-feira, 9, que a ginasta sergipana Victória Borges, de 22 anos, sofreu uma lesão na panturrilha durante a classificatória de ginástica rítmica dos Jogos Olímpicos de Paris. A atleta teve uma contratura muscular na panturrilha enquanto competia com o conjunto do Brasil na manhã de hoje e precisou ser carregada para fora do tablado.
O COB informou que Victoria Borges se lesionou minutos antes da série mista e quis competir mesmo no sacrifício – honrando o apelido de “leoas” da geração mais vitoriosa da modalidade.
O Brasil havia terminado a primeira rodada em quarto lugar com 35.950 no somatório. Mas os 24.950 recebidos na série com três fitas e duas bolas deixou o grupo na nona colocação geral com 60.900, como primeiro reserva. Mesmo que ficasse entre os oito finalistas, no entanto, não haveria condições de entrar no tablado, uma vez que não há reservas.
“A Victória, após realizar a primeira série de competição sem restrições, apresentou uma dor aguda na musculatura da panturrilha durante o aquecimento, o que limitou sua capacidade de força para a segunda etapa da competição”, disse Rodrigo Sasson, médico do COB.
Na série mista, com três fitas e duas bolas, a coreografia unia diferentes ritmos brasileiros e trazia referências a figuras reconhecidas do país, como Pelé, a modelo Gisele Bündchen e a multimedalhista da ginástica artística Rebeca Andrade. Mas a entrada na Arena La Chapelle deu os primeiros indícios de que algo não estava normal.
O quinteto entrou com um pequeno atraso e com Victoria mancando levemente. No momento do giro, ela não acompanhou as colegas e ficou evidente que havia um problema físico. Mesmo assim mostrou muita garra para aguentar a série até o fim. As companheiras a abraçaram e consolaram. A técnica Camila Ferezin a carregou no colo até o banco onde as atletas aguardam as notas. A comoção foi geral.
“Estava tudo ótimo entre o arco e o misto. A gente não sabia se ela ia querer, se ia conseguir. Por isso atrasou um pouco a nossa entrada. Demos o nosso melhor ali na quadra. Só estamos gratas. Sabemos que nossa equipe é muito resiliente, muito forte. Cada vez que acontece algo o orgulho só aumenta. Ela (Victoria) deu essa oportunidade para a gente também. Dependemos umas das outras. E ela dar o máximo dela mesmo com dor conseguiu realizar o nosso sonho. Antes de qualquer resultado a gente só quer que ela fique bem. A gente não espera que seja na competição da vida, mas qualquer um está sujeito a isso”, disse a capitã da equipe, Duda Arakaki.
por João Paulo Schneider
Com informações do COB
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