Ponte Preta 1 x 2 São Caetano – Tradição superou a pressão

Campinas, SP, 16 (AFI) – Nem sempre quem domina o jogo vence. É preciso criar chances e marcar gols para justificar uma vitória, ainda mais quando a tradição não lhe é favorável. Assim, o São Caetano continua sendo a asa negra da Ponte Preta. Neste domingo à noite, fechando a 32.ª rodada do Campeonato Brasileiro, o time do ABC venceu por 2 a 1, mantendo a tradição de nunca ter perdido em Campinas, desde os primeiros confrontos, a partir de 1993.

Mas, mesmo se discutível, esta vitória foi muito importante porque deixou o Azulão, com 40 pontos, em 14º lugar, um pouco mais distante da zona de rebaixamento. O time campineiro, com 41 pontos, está em 12.º lugar, tendo somado duas derrotas seguidas, porque na última rodaa tinha perdido para o São Paulo, por 3 a 2, no Morumbi.

Cartão de visita
Como um ingrato visitante apresentou seu cartão de visitas logo aos três minutos, abrindo o placar com Zé Luís. Na pequena área, sozinho, ele aproveitou de cabeça o rebote do goleiro Lauro, que não segurou a falta cobrada com efeito por Canindé. Era um prêmio para o técnico Jair Picerni que escalou três atacantes, mas com Jean no lugar de Dimba, em má fase.

Mas na prática, o time do ABC estava muito recuado e tentava explorar os contra-ataques. A Ponte, com maior volume de jogo, não criou tantas chances e ameaçou o goleiro Sílvio Luís apenas duas vezes. Num delas, num chute à queima roupa de Bruno, que Silvio Luís rebateu. Outra com Thiago Matias, num lance ocasional, quando ele deu um estourão da intermediária, a bola ganhou altura e caiu em cima do goleiro, que mandou para escanteio.

O lance mais polêmcio, porém, aconteceu aos 22 minutos, quando o atacante Zé Carlos recebeu na pequena área e foi calçado por trás por Douglas: pênalti. Mas o juiz mandou o lance seguir, errando claramente. Faltou coragem para ele apontar a marca da cal.

Mais pressão e gols seguidos
No segundo tempo, a Ponte voltou com Piá na vaga de Danilo e bem mais ativa no ataque, com variação de jogadas e explorando as laterais do campo. Desta forma, criou chances reais. Élson, aos seis minutos, acertou a trave após cobrança de falta que ainda contou com um toque sutil do goleiro Sílvio Luís. Ele passou a ser bastante acionado, sendo o responsável por segurar a pressão do time da casa, cada vez mais impaciente com a falta de acerto na finalização.

O São Caetano parecia prestes a sofrer seu gol, mesmo porque estava impotente no contra-golpe. O gol da Ponte saiu aos 26 minutos, com Izaías, que tinha acabado de entrar em substituição ao cansado Evando. Após o levantamento da direita, a defesa não aliviou e o atacante pegou de primeira com o pé direito. Um belo gol. Não houve, porém, nem tempo de comemorar porque no minuto seguinte, Edílson recebeu a bola na entrada da área e fez um passe milimétrico para Pingo que só desviou do goleiro, colocando, de novo, o time do ABC na frente.

A Ponte se arriscou no ataque, inclusive coma entrada do atacante Gabriel na vaga do lateral-esquerdo Gabriel. Mas a chance mais concreto foi do São Caetano, com um chute de Fábio Pinto que explodiu na trave direita de Lauro, já nos acréscimos.

Próximos Jogos
A Ponte não conseguiu empatar e agora terá que se recuperar em casa diante do São Paulo, quarta-feira, em jogo remarcado pelo STJD. No dia 2 de julho, o time campineiro tinha vencido por 1 a 0. O São Caetano jogará em casa, pela 33.ª rodada, contra o Fluminense, sábado à tarde.

Ficha Técnica

Ponte Preta 1 x 2 São Caetano

Local: Campinas (SP), ontem à tarde.
Renda: R$ 72.500,00
Público: 6.250 pagantes
Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves (MG)
Cartões amarelos: Ângelo e Élson (Ponte); Somália, Ricardo Lopes e Thiago (São Caetano).
Gols: Zé Luís, aos 3 minutos do 1º Tempo. Izaías, aos 26 e Pingo, aos 27 min do 2º Tempo.

Ponte Preta
Lauro; Iran, Galeano, Thiago Matias e Bruno (Gabriel); Ângelo, André Silva, Élson e Danilo (Piá); Evando (Izaías) e Zé Carlos. Técnico: Estevam Soares.

São Caetano
Sílvio Luís; Neto, Douglas e Thiago; Alessandro, Zé Luís, Júlio César e Canindé (Ricardo Lopes); Edílson, Somália (Fábio Pinto) e Jean (Pingo).
Técnico: Jair Picerni.

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