Em plena tarde de uma sexta-feira, mais de 20 para-quedas podem ser vistos no céu da praia de Atalaia, em Aracaju. O vento constante e o grande trecho de areia na praia são propícios para a prática de uma modalidade esportiva ainda pouco conhecida, mas que já conta muitos adeptos em Aracaju. Praticantes podem ser vistos na Praia de Atalaia durante às sextas-feiras(Fotos: Portal Infonet)
É o Kitesurf, esporte aquático que utiliza uma pipa (também conhecida como papagaio) e uma prancha com uma estrutura de suporte para os pés. A modalidade foi inventada em 1985 por dois irmãos franceses Bruno e Dominique Legaignoux, mas apenas atingiu alguma popularidade em meados da década de 1990. Na capital sergipana, mais de 300 pessoas já praticam o esporte na cidade, que tem até campeonato organizado pela Associação.
Existem inclusive escolas que dão curso de como aprender a surfar no kitesurf. Com 10 horas de aula prática e teórica o aluno já pode sair sabendo as principais noções do esporte. De acordo com Junior Enomoto, que é um dos proprietários do Aracaju Kitesurf, a finalidade é que o aluno já saiba andar ao sair do curso.
“No início a gente explica a parte teórica, como as noções do vento e de como utilizar o equipamento. Em seguida a gente vai para a areia ensinando a montar e desmontar o equipamento e ensinamos toda a parte do Kit, mas ainda sem a prancha. Você vai evoluindo e precisa passar pela situação, não é complicado”, comenta.
Segundo Rodrigo Cordeiro Teixeira Chaves, conhecido como “Sprite”, que é um dos criadores da Associação de Kitesurf, a escolinha é filiada à Institutional Kite Organization (IKO), maior entidade do esporte no mundo.
“Temos quatro instrutores capacitados para aplicar às aulas. Em média temos 15 alunos por mês em tempo normal, mas nas altas estações o número é maior”, informa.
O que complica um pouco a prática do esporte é o preço, que ainda é um pouco alto se comparado com outras modalidades como o surf. O curso com 10 horas de aulas custa R$ 800, já com o equipamento incluso. Já para quem quiser adquirir o seu próprio kite, o kit completo pode chegar a R$ 6.500, mas também podem ser encontrados no mercado por preços em torno de R$ 3.500, com o kit do trapézio e a prancha.
Alguns atletas participam de campeonatos fora do estado, porém já estão sendo realizadas competições em Aracaju. A Associação de Kitesurf de Sergipe (Askite) organizou recentemente o Campeonato Sergipano da modalidade que contou com a participação de cerca de 50 competidores. Dentro do kitesurf existem algumas modalidades que são disputadas como regata, marcação de bóias, e kitewave, freestyle, que é parte da manobra, e Hangtime, que é o maior tempo de vôo sem encostar no chão.
Vivian Melo pratica o esporte hà quatro anos e chega a ficar quatro horas direto dentro do mar. “O mais difícil é controlar a pipa para que ela não te levante no momento em que você não quer”, revela.
Aos 17 anos e com cerca de um ano e meio de treinamento, João Luíz Moreira é o atual campeão sergipano na categoria Open e diz que o segredo é praticar sempre. “Fui campeão da Open competindo com cerca de sete ou oito pessoas. Durante as aulas venho somente nos finais de semana e nas férias, todos os dias. Mas quando venho fico de manhã e só saio da água no final da tarde”, afirma. Junior Enomoto afirmou que em pouco tempo o aluno aprende como controlar o equipamento
Por Bruno Antunes
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