Presidente do Sergipe é suspenso por 240 dias pelo STJD

O presidente do Club Sportivo Sergipe (CSS), Ernan Sena, foi suspenso do cargo por um período de 240 dias após invadir o campo e agredir com um soco o árbitro da partida entre Sergipe e Botafogo, válida pela fase inicial da Copa do Brasil. O julgamento ocorreu no Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD).

Além dos oito meses de afastamento, o advogado do Sergipe, Marcelo Amorety, informou que o presidente foi condenado a pagar uma multa de R$ 5 mil e o clube outra multa no valor de R$ 20 mil, valor que ele considera desproporcional. “No nosso entendimento, o resultado (do julgamento) foi um pouco mais grave do que o esperado, tendo em vista a multa aplicada. Por ser um clube da série D do Campeonato Brasileiro, geralmente essas multas são um pouco mais leves. A gente entendeu que essa multa de R$ 20 mil foi um pouco alta para a situação, apesar de tudo o que aconteceu”, relata Amorety.

Ainda de acordo com o advogado, embora a punição contra o presidente do clube tenha sido esperada, também houve excesso no tocante ao período total de afastamento. “Em relação a punição do presidente Ernan, nós havíamos entendido que a aplicação de 180 dias de suspensão, por ser o mínimo da penalidade prevista, seria suficiente para reprimir as atitudes. Mas o tribunal entendeu que deveria dar mais 60 dias (totalizando 240 dias) tendo em vista um outro artigo. Esse adicional a gente também entende que foi um pouco excessivo”, completa.

Diante do resultado, o advogado diz esperar agora que o acórdão da decisão seja publicado para que o clube entre com um recurso.

Entenda o caso

Em jogo tenso e cercado por polêmicas, Sergipe empatou em 1 a 1 com o Botafogo em jogo válido pela primeira fase da Copa do Brasil. O jogo foi realizado nesta quinta-feira, 2, na Arena Batistão, zona sul de Aracaju. Com o resultado, o time da casa acabou dando adeus a competição.

Logo após o gol de empate do Botafogo houve uma confusão generalizada. Alguns torcedores do Sergipe chegaram a invadir o gramado. A diretoria do time sergipano confrontou o juiz e o tempo fechou no Batistão. O presidente do Sergipe chegou a agredir o árbitro, sendo também atingido no rosto por um dos auxiliares. A situação teve que ser controlada por policiais.

por João Paulo Schneider