Em protesto contra o desrespeito a vida e os constantes acidentes envolvendo ciclistas, será fixada no centro da cidade a primeira “bicicleta fantasma” de Aracaju, na Rua Apulcro Mota, imediações dos mercados centrais. Uma bicicleta toda pintada de branco irá marcar o local onde faleceu o ciclista Paulo Henrique Santos Gomes, de 26 anos, ao ser atropelado por um ônibus enquanto pedalava à caminho de sua casa após o trabalho, no último sábado, 6. (Foto Ilustrativa)
Em países do exterior, este tipo de protesto também existe e é marcado por uma Ghost Bike (bicicleta fantasma) no local onde um ciclista foi assassinado por um automóvel. A bicicleta branca é também um memorial, uma homenagem a pessoa que perdeu sua vida devido a pressa de alguém, assim como um recado aos motoristas para compartilharem as ruas e respeitarem as leis de trânsito. No geral, uma Ghost Bike é uma bicicleta pintada de branco com o nome da vítima e data do “acidente”, fixada em algum espaço próximo ao local de forma que indentifique a fatalidade e simbolize o não respeito a vida. “As Ghost Bikes servem como um alerta aos donos de veículos automotores, para que tomem mais cuidado com as vidas que pedalam bicicletas pelas ruas. A ação é realizada em várias cidades de todo o mundo e também no Brasil “, diz Luciano Aranha.
A primeira “bicicleta fantasma” da cidade será instalada nesta terça-feira, 9, às 20h30, durante o Pedal Livre, passeio que reúne mais de 250 ciclistas todas as terças, junto com os ciclistas da Bicicletada Aracaju, movimento que reivindica mais espaço entre os carros. “A idéia é alertar a população sobre o que está acontecendo. Agora em 2010, já morreram cinco ciclistas na cidade.”, disse José Waldson Costa de Andrade.
Ainda assim, de acordo com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) “A bicicleta é um dos meios mais seguros para se locomover na cidade de Aracaju. Na estatística da SMTT, em 2009 “apenas” 9,78% do acidentes fatais envolveram ciclistas. Além disso, é o meio de transporte urbano com a maior efiência energética e que permite a integração social e humanização da cidade”.
Para os organizadores do protesto, é necessário a realização política Pró-Ciclista, com campanhas educativas, criação paraciclos e a manutenção das ciclovias já existentes para diminuir os problemas enfrentados pelos ciclistas no trânsito.
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