Ágatha e Duda Lisboa: química imediata e pencas de títulos (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
Um ano de entressafra, pós-olimpíada, pré-Copa do Mundo, ainda marcado pela crise econômica – que afetou todas as modalidades esportivas – e, em termos de conquistas sergipanas, absolutamente liderado por um talento do vôlei de praia que vai deixando de ser promessa para se tornar, enfim, realidade: Duda Lisboa. É assim que 2017 vai embora. E é assim que iniciamos a retrospectiva esportiva de um ano difícil, mas ainda assim pontuado de resultados importantes.
Se 2016 já havia sido bom para Duda Lisboa, 2017 representou um patamar ainda mais alto na ascendente carreira da atleta. Depois de conquistar seus primeiros pódios nacionais e internacionais como profissional, Duda formou parceria com a medalhista olímpica Ágatha Rippel. A química entre elas foi imediata, e o que se seguiu a isso foi uma torrente de pódios que as colocou entre as principais parcerias de vôlei de praia do mundo: campeãs em João Pessoa, campeãs do torneio Gigantes da Praia no RJ, vice-campeãs de etapa mundial nos EUA, vice-campeãs do Open Maceió e mais um vice em Aracaju diante de vasta torcida para Duda. Na oportunidade, Ágatha conversou com o Portal Infonet sobre a carreira e revelou não esperava por resultados tão bons com a parceira em tão pouco tempo.
Pódio da Corrida do Sest Senat |
O ano se seguiu para as duas com ainda mais pódios, como no Open de ES, o título do Superpraia, a prata no World Tour e a etapa do mundial no Rio – uma das principais conquistas do ano. Agora experiente na categoria profissional, Duda não deixou escapar mais um título da base: ao lado de Ana Patrícia, ela ainda foi bicampeã mundial sub-21 na China.
O vôlei de praia sergipano não se restringiu aos vôos de Duda. Tainá Bigi também deixou sua marca com pódios importantes no Challenger: em Maringá-PR, ela ficou com a prata ao lado da sul-matogrossense Victória, e em Palmas-TO, conquistou o ouro com a cearense Rebeca. No sub-21, a dupla Raul e Matheus mostrou que a base vem forte para as próximas temporadas com um ouro na etapa de Bauru-SP. No sub-19, duas duplas sergipanas ficaram com vice-campeonato geral masculino e feminino – e uma delas, Matheus e Danilo, foi campeã da última etapa.
O ano de 2017 também marcou um dos mais intensos calendários de corrida de rua já registrados na capital. Repletas de centenas de corredores amadores e profissionais, as provas já estão incorporadas na rotina da cidade. A lista é generosa, e dentre as principais se destacaram a Corrida do Choque, Corrida Cidade de Aracaju, a Primeira Maratona de Sergipe, a Corrida Fenae do Pessoal da Caixa, a Corrida Farmácia do Trabalhador, a II Corrida Tuchê, a 6ª Corrida dos Bancários , a 10ª Corrida dos Quarentões, II Corrida da Enfermagem, 7ª Corrida da Advocacia, corrida Qualidade Caixa, corrida Duque de Caxias, corrida Outubro Rosa, corrida do Sest/ Senat, 1ª corrida Track and Field e a Corrida Night Run.
Black Belt de jiu-jitsu: ninguem finalizou ninguem na luta principal |
Muitos atletas sergipanos brilharam nas artes marciais dentro e fora do estado. No judô, os destaques locais tiveram oportunidade de disputar em casa o Brasileiro de Judô em pleno ginásio do Sesi do Augusto Franco – ocasião em que o estado faturou 17 ouros. Fora do estado, os talentos locais fizeram bonito no Brasileiro Sênior e conquistaram vagas na seletiva de Tóquio 2020. No jiu-jitsu, o calendário foi repleto de grandes competições como etapas do estadual, seletiva de Abu Dhabi – além do Black Belt, cuja luta principal acabou empatada.
O ano do futsal sergipano foi marcado pelo fim precoce da maior força estadual da modalidade: sem recursos, o Real Moitense foi obrigado a fechar as portas, mas não sem antes dar o seu canto do cisne. Antes de deixar de existir, o time foi campeão estadual uma última vez. Já no futsal feminino, o título estadual ficou com o papa-títulos Novo Horizonte.
A natação sergipana também teve ano agitado – e mais uma vez com domínio da equipe Agitação Iate Unit, que levou, dentre tantas competições, os troféus gerais dos Absolutos e a Taça Governo. O ano também foi de quebra de recordes em diversas categorias, e o Parque Aquático Zé Peixe ainda recebeu o Brasileiro de Natação escolar, que foi dominado pelas fortes delegações de São Paulo e Paraná. No tênis de mesa, Sergipe mostrou sua força mais uma vez na Copa Nordeste – tanto na etapa de Recife quanto na de Aracaju. No estadual, Saulo Correia garantiu o caneco pela terceira vez – e desta vez de forma antecipada. Já os campeões das demais categorias foram definidos na última etapa.
Estadual de motocross na Orla: retorno de Rodrigo Lama |
No ciclismo, o ano foi marcado pelo bom desempenho de Sergipe na Copa Norte e Nordeste, com 11 medalhas, e pelo domínio de Ulisses Freitas no paraciclismo, com títulos em etapas da Copa Brasil. No motocross, os aficionados por velocidade testemunharam o retorno do multicampeão Rodrigo Lama às pistas em grande estilo. Já o estadual do kart foi marcado por disputas duras e indefinidas ao longo do ano, e os campeões só puderam ser conhecidos na última etapa. Aracaju ainda teve a oportunidade de receber um mundial escolar de triathlon, que reuniu na Orla de Atalaia boa parte do que será o futuro mundial da modalidade. O Brasil, que contou com o reforço de um sergipano na equipe, encerrou sua participação com 14 medalhas.
2017 também foi repleto de competições em modalidades como tênis, futevôlei e nos esportes escolares, nos quais Sergipe continuou trazendo suadas medalhas – principalmente nos esportes individuais. Mas nem só de vitórias viveu o esporte sergipano no ano que se encerra. Foi em 2017 que o a crônica esportiva sergipana perdeu seu decano José Eugênio de Jesus e o handebol local perdeu seu maior vencedor, o professor Jairo Zuzarte.
Por Igor Matheus
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