Saída de jovens talentos do País é cada vez maior

A saída de jogadores jovens é um dos pontos que mais preocupam os dirigentes brasileiros. O êxodo cada vez maior de jogadores desconhecidos, muitas vezes ainda nas categorias de base dos clubes, acendeu o sinal de alerta na CBF.

O fenômeno explodiu na década de 90, juntamente com o atacante maranhense Oliveira. Destaque no futebol belga, ele havia deixado o Brasil sem atuar nos grandes centros do futebol. Depois de muita discussão sobre uma possível convocação para a Seleção Brasileira, ele se naturalizou e acabou disputando até uma Copa do Mundo pela Bélgica.


Uma tentativa para barrar as negociações foi feita em 2003, na lei de modernização do futebol. O artigo que tratava do veto à transferência de jogadores para o exterior, no entanto, foi vetado pelo presidente da república, Luis Inácio Lula da Silva.


“Existe uma tentativa e vamos ter uma legislação para isso. Na Inglaterra, por exemplo, não entra jogadores com menos de 18 anos. No dia em que todos os países evoluírem para isso, vai melhorar. Porque, com 18 anos, você já sabe se o jogador é bom ou não”, afirmou o presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa.


O próprio clube sofreu com as restrições da lei inglesa. Em 2003, o clube fechou um acordo de colaboração com o Manchester United. Um dos primeiros pontos seria a cessão, por parte do time brasileiro do volante Rincón, então nas categorias de base da equipe. O jogador, no entanto, precisou esperar completar a idade regulamentar e ainda hoje atua no time sub-20 do São Paulo, que disputou a Copa São Paulo.


Evitar a saída de jovens jogadores, no entanto, não será uma tarefa fácil.


“Por mais que ele seja um menor de idade, se tiver a anuência dos pais, ninguém segura. E, de acordo com o Código Civil, se ele for maior de 16 anos, já é considerado relativamente capaz. Só com uma autorização, já pode viajar”, disse o advogado Felipe Legrazie Ezabella.

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