São Paulo estréia contra o Al Ittihad no mundial de clubes

Para ajudar a evitar uma derrota que seria uma catástrofe para o clube, o São Paulo agiu nos bastidores antes de sua estréia no Mundial de Clubes da Fifa, hoje, às 8h20, contra o Al Ittihad.

O time saudita, que já não contava com três brasileiros, contratados fora do prazo, não terá também o camaronês Job, suspenso. A Fifa só anunciou o impedimento do atacante depois de um alerta feito pela diretoria do São Paulo.

Ao contrário do divulgado inicialmente, Job tem que cumprir dois jogos de suspensão por uma expulsão em partida da Copa da Ásia. Como também não terá o zagueiro Osama, outro suspenso, o Al Ittihad terá só cinco jogadores de linha no banco de reservas.

A debilidade do rival é um trunfo para o São Paulo, abalado pela discussão de premiação, pela negociação envolvendo Amoroso e pela indefinição do ataque.

O técnico Paulo Autuori, no entanto, afirmou que estão querendo pregar o apocalipse.

“Não existe nada disso. Estamos fazendo o nosso trabalho, e o time não vai ter novidades. Não estou escondendo a escalação, mas só não quero revelar quem vai jogar no ataque com o Amoroso”, disse o comandante são-paulino.

Passar pelo Al Ittihad seria a chance de chegar à final do Mundial e ter a oportunidade de fechar com chave de ouro uma temporada em que o clube já ganhou a Libertadores e o Paulista. Uma derrota confirmaria a curva decrescente que o clube vem atravessando justamente na competição mais importante do ano.

Atrás da afirmação na parte técnica, o problema de relacionamento envolvendo o presidente Marcelo Portugal Gouvêa e o atacante Amoroso, principal atleta do time depois do goleiro Rogério, deixou o ambiente tenso.

A seu favor, o São Paulo tem um histórico de não falhar contra times pequenos que atravessam o seu caminho. Ao contrário do fenômeno que vem tomando conta do futebol mundial, onde os times pequenos vêm roubando a cena dos grandes em momentos decisivos, a equipe paulista mostra que nessas horas o peso da camisa costuma falar mais alto.

Em Brasileiros, dois de seus três títulos foram contra o Bragantino e o Guarani, este último que já foi campeão nacional, mas não tem o apelo de um clube grande. Em Paulistas, a história se repete. O São Paulo superou o São José, em 89, e a Ponte Preta, em 81, além das duas conquistas sobre a Portuguesa, em 75 e 85. Na Libertadores de 92, o Newell”s Old Boys também não foi páreo e caiu em pleno Morumbi.

No entanto, contra o time da Arábia Saudita, mais do que defender essa simples escrita, o time coloca em jogo todo o planejamento de 2005. Apesar de ninguém no clube não admitir abertamente, um fracasso hoje teria a dimensão de uma catástrofe sem proporções para o clube.

A começar pelo lado financeiro, já que o campeão vai levar para casa US$ 4,5 milhões. Os ecos desse hipotético insucesso também afetariam a parte política do clube, pois no ano que vem o São Paulo realiza eleições. Ver o time fora de uma final de Mundial por força de um time sem expressão enfraqueceria o processo sucessório de Gouvêa.

Dentro de campo, as conseqüências também seriam ruins. O clube, que tenta postergar a permanência de atletas como o zagueiro Lugano e até o lateral Cicinho para a Taça Libertadores do ano que vem, poderia ter uma operação desmanche na equipe.

Entre os jogadores, que esperavam ter como adversário o egípcio Al Ahly, o discurso é o de cautela extrema, mesmo sabendo a distância continental que separa o São Paulo do Al Ittihad em termos de tradição e qualidade.

 

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