Sergipanos ansiosos para assistir o Brasil na Copa da África do Sul

Sergipanos acompanharão jogos da seleção brasileira na Copa de 2010
Definitivamente o brasileiro já entrou no clima da Copa do Mundo. Por todos os lugares as cores verde e amarelo fazem questão de se impor aos olhos. Elas estão materializadas nas bandeirolas do período junino, em bandeirinhas penduradas nos automóveis e na decoração de pontos comerciais e residências. Mais ansiosos, no entanto, estão aqueles que vão conferir os jogos da seleção brasileira na África do Sul, algo que talvez seja o sonho de dez entre dez dos apaixonados por futebol.

É justamente o fascínio e a curiosidade causados por uma Copa do Mundo que levará o casal Carlos Américo e Silvia Cristina a acompanhar a competição pela segunda vez. A primeira foi em 2006, na Alemanha. “Foi uma experiência diferente não só porque estávamos em uma Copa, mas porque era a primeira viagem ao exterior. Tudo era novo, mas fantástico. Tivemos a oportunidade, inclusive, de conhecer outros países vizinhos”, lembra Américo.

Carlos Américo esteve na Copa da Alemanha em 2006 (Foto: Arquivo Pessoal)

O saldo da viagem foi tão positivo que ele revela ter sido difícil resistir à ida à África do Sul. Isso porque, segundo ele, o clima de Copa do Mundo é diferente de qualquer outra viagem, principalmente pelo contato com gente de todas as partes do mundo. Ser brasileiro, nesse caso, ajudou muito. “Nós acabamos chamando a atenção porque todo mundo tem a imagem de que brasileiro é alegre, extrovertido e que faz amizade fácil”, explica.

O casal embarca no dia da abertura da competição, em 11 de junho, e retorna dia 30 de junho. Todo o planejamento foi montado de forma independente, o que baixou consideravelmente as despesas em comparação aos pacotes vendidos em agências de turismo. É uma diversão para poucos: o preço médio é R$ 18 mil por pessoa – Américo diz que gastará 50% desse valor.

A esposa dele, Silvia Cristina, também esteve na Europa (Foto: Arquivo Pessoal)

“Começamos há 18 meses, quando a FIFA abriu as inscrições para venda de ingressos. Depois disso começamos a verificar os vôos, hotéis, passeios, aluguel de carro etc. Tudo pela internet”, relata Américo.

Segurança

Uma das principais preocupações quando se fala em África do Sul remete à imagem de caos que se tem não só deste país, mas de todo o continente africano. Em uma das principais cidades-sede, Joanesburgo, as preocupações tocam principalmente na criminalidade.  O plano de segurança para a competição não teve o valor de investimento divulgado, mas sabe-se que pelo menos 300 mil homens atuarão nas áreas onde ocorrerão os jogos.

O Governo Brasileiro, através do Itamaraty, lançou recentemente uma cartilha com orientações aos brasileiros que assistirão aos jogos. Carlos Américo concorda que é necessária cautela, mas rejeita que em terras africanas os cuidados sejam extraordinários. “A gente está lendo muito sobre a região e sabe dos cuidados básicos: não andar com jóias, nem com muito dinheiro em espécie. Mas são cuidados que teríamos em qualquer lugar”, avalia.

Jaqueline e Valtenisson ansiosos por chegar à África do Sul (Foto: Arquivo Pessoal)

Primeira vez na Copa

O diferencial dessa viagem para Carlos Américo e Silvia será a companhia de outro casal de amigos, que irão pela primeira vez acompanhar um dos maiores eventos esportivos do mundo. José Valtenisson e Jaqueline de Sá foram incentivados depois da edição da Copa de 2006. A preparação também começou há um ano e meio, com o sorteio dos ingressos da primeira fase.

Valtenisson conta que após a divulgação do resultado, amadureceu a idéia – que para ele era inimaginável – de ir à competição. “Ir à Copa é um sonho para qualquer pessoa. E aproveitar essa oportunidade com amigos é melhor ainda”, afirma.

Sergipanos acompanharão o primeiro jogo do Brasil no Ellis Park (Foto: Divulgação/FIFA)
Outros aspectos pesaram na decisão. Um foi justamente o fato de ser a última Copa no exterior antes da que será realizada no Brasil, em 2014. “Aqui vai ser mais fácil de ir. Outra edição em outros países só daqui a oito anos”, diz. O segundo foi o aniversário de 50 anos dele, passado em novembro, motivo suficiente para se dar um presente de tal porte.

A ansiedade já tomou conta do grupo, principalmente com a iminência do evento. “A gente começa a ler matérias sobre o assunto, vê na TV como tudo está sendo preparado e a emoção já começa a tomar conta”, revela Valtenisson. Difícil, de acordo com ele, vai ser segurar o nervosismo já na viagem. Por terem montado o pacote do passeio por conta própria, terão que agüentar um vôo de cerca de 20 horas, partindo direto de São Paulo para Dubai e de lá, para Joanesburgo.

Na lista de atividades a serem realizadas na África do Sul estão inclusas visitas à concentração da seleção brasileira. “Também queremos nos encontrar com brasileiros e, claro, se tiver oportunidade vou aparecer na TV vestido com a camisa do Confiança, meu time do coração”, brinca Valtenisson.

Palpites

Ao contrário da maioria que se viu insatisfeita com a equipe selecionada por Dunga, os amigos revelam ter grandes expectativas com a seleção brasileira para essa edição da Copa do Mundo. “O Brasil se classifica tranqüilo na primeira fase”, prevê Carlos Américo. O amigo Valtenisson concorda, mas faz uma ressalva: “Fácil não vai ser, porque o futebol vai ser disputado”, pondera.

Por Diógenes de Souza e Raquel Almeida

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