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Carlos, de amarelo, acompanhado por corredores sergipanos (Fotos: Igor Matheus/Portal Infonet) |
Mesmo sob o sol torturante deste sábado, 3, dezenas de corredores sergipanos resolveram abraçar a causa do Desafio das Capitais 24h, projeto trazido a Aracaju pelo ultramaratonista paulista Carlos Dias. Até a manhã do domingo, o atleta lidera um pelotão de profissionais e simpatizantes de corrida na Orla de Atalaia em prol do tratamento ao câncer infantil. Parte da renda obtida com a venda de camisas será revertida a projetos voltados para a causa.
O projeto, que se estenderá até as 8h da manhã ao longo de toda a Orla da Atalaia, atraiu principalmente corredores ligados às equipes Zona Alvo e Pé no Chão. Os participantes se revezavam e procuravam acompanhar o ritmo intenso de Carlos Dias, que tem no currículo provas em desertos, na Antártida e em altitudes nada amistosas. Para o policial rodoviário federal Genival Dantas, que já correu ultramaratona, o projeto é uma grande oportunidade de aprender com a experiência do atleta. “É ótimo para sabermos como correr, quando parar, como administrar a velocidade. Nós que corremos estamos acostumados a rapidez, mas aqui o que importa é a qualidade do desempenho”.
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Ainda de acordo com Genival, projetos ligados a causas deveriam ter mais apoio. “Em algumas cidades o Carlos correu praticamente sozinho. Acho que iniciativas assim deveriam ter mais apoio e adesão. Não é preciso correr as 24 horas ao lado dele. Basta ir até onde puder”. Foi o que fez o policial civil Fernando Oliveira Júnior. Para ele, que também é maratonista, o estímulo maior foi o apoio ao tratamento do câncer infantil. “Vim pela mobilização, para prestigiar a causa. Queremos mostrar que Aracaju quer contribuir com isso”.
O Desafio das Capitais também foi importante fator de mobilização para equipes sergipanas de corrida. Para Lívia Pires, professora da Zona Alvo, a equipe fez questão de apoiar o atleta e estimular os alunos a participar. “Provas assim exigem mais da cabeça do que do corpo, e estimulam muito a vontade de vencer. É um projeto importante para empurrar qualquer pessoa a superar suas limitações”.
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Já Joaquim Moura de Oliveira, um dos fundadores da equipe Pé No chão, também ressaltou a importância do projeto. “O desafio é de 24 horas, mas qualquer coisa que se propõe além do que possamos fazer já é um desafio. O importante é participar. Trata-se de um projeto muito bem-vindo e que, se depender da nossa equipe, contará com muitos adeptos daqui até o domingo”, disse.
Por Igor Matheus