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Carlinhos foi o herói do título ao marcar aos 45 do segundo tempo (Fotos: Portal Infonet)
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Para alguns superticiosos, a chuva é um sinônimo de renovação, de prosperidade, da beleza e da união entre as pessoas. Talvez nem todo torcedor do Sergipe creia nesse tipo de mística, mas foi esse o símbolo que interpretou o que aconteceu na tarde nublada do domingo, 26.
Entravam em campo Sergipe e River Plate na grande final do Campeonato Sergipano de 2013. Um jogo sem favoritos, com duas equipes qualificadas, que mostraram e provaram porque chegaram ao topo do torneio estadual.
Um jogo duro, no qual o Sergipe abriu 2 a 0 no primeiro tempo, viu o brilhante Edmilson Santos mexer na equipe para conquistar o empate suado.
Mas tanto ele, quanto Givanildo Salles, do lado vermelho do duelo, só não imaginariam que o gol do título sairia aos 46 minutos, de ninguém menos do que um dos jogadores mais badalados do ano: o lateral multifuncional, Carlinhos, brilhou ao aproveitar a sobra de uma bola rebatida e marcar o gol da vitória aos 45 minutos do segundo tempo.
O jogo
Com um minuto de jogo, Fernando Pilar estica na esquerda para Fabinho. O baixinho enxergou o avançou de Lucão e passou, o atacante avançou parao centro e bateu forte, sem chances para Pablo.
Com 5 minutos, Rafael é acionado, invade a área e cai na saída de Pablo, o juíz goiano nada marca e pune o meia com cartão amarelo.
O River saia com qualidade nos contra-ataques, mas tambem ficava muito exposto pela dificuldade em evitar as subidas de Carlinhos, Pilar e Rafael no meio.
O que marcava a partida eram as roubadas de bola no meio de campo com puxadas de contra-ataque. As duas equipeas se mostravam claramente preocupadas em destruir as jogadas já na sua criação, temendo a qualidade dos armadores.
Foi o que aconteceu a favor do Sergipe. A tomada de bola no meio chegou aos pés de Carlinhos, que enxergou o avanço de Rafael e fez um lançamento sensacional. Dentro da área estava Fabinho Cambalhota, que sempre oportunista, recebeu o passe à meia altura e entrou de carrinho para ampliar o placar para o Gipão.
O mesmo lance quase se repetiu em mais uma roubada de bola, mas Carlinhos não conseguiu inverter com precisão, quando Lucão já passava desmarcado.
A marcação do River não cessou, e o Sergipe passou a investir em lançamentos mais longos, com invertidas de bola, que tinha sucesso principalmente por conta do nervosismo da zaga do River.
Do outro lado, quando a marcação vermelha vacilou, Everton avançou pelo meio e soltou uma bomba que explodiu no travessão de Marcão.
O River cresceu no fim do primeiro tempo com a queda de ritmo do Sergipe. Pedrino teve boa chance na frente da área e bateu forte, para uma boa defesa de Marcão. Na sequencia o River desperdiçou tres escanteios consecutivos antes do fim da primeira etapa.
Segundo tempo
O River voltou mudado para a segunda parte. Era hora de arriscar, e Edmilson Santos o fez. Sacou o zagueiro Marcio e o meia Everton para a entrada de Marcelinho e Claudiney, dois jogadores ofensivos de velocidade. Com isso o volante Wallace seria improvisado na zaga.
Aos 5 minutos, Marcelinho avançou e foi derrubado por Léo bem na entrada da área. na cobrança Leandro Kivel bateu forte e viu a bola desviar na barreira e enganar Marcão.
O jogo se reequilibrou e o Sergipe passou a assustar a zaga improvisada do River, mas esbarrava numa partida impecável de Raulino e Pedrinho, que tinha a missão de parar ninguém menos que Carlinhos.
Claudinei teve uma grande chance de empatar, quando recebeu pela esquerda – lado pelo qual ficou designado a jogar – e bateu com a direita, mas com muita força.
O Sergipe mudou pela primeira vez com Leozinho, entrando no lugar de Rafael, que já mostrava cansaço. No primeiro lance o Sergipe ja chegou com perigo pela direita, mas Fabinho foi pego em impedimento.
O jogo se resumia à posse de bola do River e contra-ataques do Sergipe. Em uma boa disparada de Leozinho, Fabinho vacilou e deixou escapulir. No cruzamento a zaga do River foi bem.
David avançou, segurou a bola para a movimentação do ataque e surpreendeu Pablo com uma bomba rasteira, mas Pablo voltou a fazer uma grande defesa, mostrando porque é favorito a melhor goleiro do torneio.
Aos 32 minutos em rápido contra-ataque do River, o experiente Raulino avançou e lançou Claudinei, que viu Kivel invadindo a area, o atacante entrou, deu o corte no zagueiro e bateu em chances para Marcão. O River empatava a partida de forma valente, com um golaço do seu destaque no torneio.
O Sergipe respondeu rapido e Fabinho foi tocado na frente da area, mas o juiz goiano André Luiz Castro exitou em marcar um novo penalti. Na sequencia a zaga deu novamente muito espaço para Leandro Kivel que quase vira o jogo.
A ultima opção de substiuição de Givanildo Salles, saiu do banco e surpreendeu todos os presentes. Rodrigo, o voltante guerreiro, saiu cansado para a entrada de Almir Sergipe, meia atuou raras vezes na competição.
Aí que brilhou mais uma vez, a visão do treinador Givanildo Salles. Aos 45 minutos do segundo tempo, após jogada rápida de contra-ataque, Lucão atravessou na frente da área e passou para Almir Sergipe bater forte. A bola desviou na zaga, enganou o goleiro Pablo e caiu perfeitamente no pé de Carlinhos, que empurrou para as redes.
O Batistão explodiu em festa. Jogadores e comissão técnica corriam para todos os lados comemorando com os torcedores que choravam nas arquibancadas. Um fim de jogo que não poderia ser diferente: batalhado, sofrido, e que selou o fim de um castigo de 9 anos sem títulos do Club Sportivo Sergipe.
Para piorar a aflição colorada, o River ainda teve um gol anulado por impedimento, no último momento de crueldade do destino com o sofrido coração vermelho e branco. Mas passou. O Sergipe é, com todas as honras e merecimentos, o Campeão Sergipano de 2013.
Com um time modesto, aliando juventude e experiência, jogadores caseiros e algumas surpresas como o atacanete Lucão – que foi decisivo na grande final – o Sergipe acaba com a seca de títulos e agora se prepara para a Série D do Campeonato Brasileiro.
O grupo do Sergipe é um páreo duro: CSA, Botafogo (PB), Juazeirense e Vitória da Conquista.
FICHA TÉCNICA – SERGIPE 3X2 RIVER – (FINAL) 26-05-2013
SERGIPE: Marcão, Carlinhos, Emerson, Itamar, Leo e David, Fernando Pilar, Rodrigo e Rafael, Fabinho Cambalhota e Lucão
RIVER: Pablo, Magno (Glauber), Bira, Marcio (Claudonei) e Pedrinho, Raulino, Wallace, Lelê e Everton (Marcelinho), Bibi e Leandro Kivel
Arbitragem: André Luiz de Freitas Castro (GO), Nelza Inês Back (SC) e Nadine Schram Câmara (SC)
Cartões: Sergipe: Rafael, Leo, Lucão, Emerson; River: Magno, Bira
Por Irlan Simões
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