Série A-2: Coritiba sergipano quer se afirmar

(foto: Fillipe Araújo)

Ele está na oitava colocação da série A do Campeonato Brasileiro. Já foi líder da tabela em 2013. Derrotou times como Grêmio e Fluminense. Foi finalista da Copa do Brasil por dois anos seguidos. E se dá ao luxo de ter um primo pobre em Sergipe. Se o Coritiba Foot Ball Club é uma das sensações do ascendente futebol paranaense, o Itabaiana Coritiba Foot Ball Clube, declarado imitador do alviverde original, é o retrato da mendicante série A-2 do Campeonato Sergipano: um time quase sem condições de trabalho, mas perseverante.

Fundado em 1972, o Coxa Sergipano começou sua história como time de futsal, conquistou vários títulos estaduais e partiu para o campo. Nos gramados, conseguiu faturar a série A-2 e chegar ao vice-campeonato sergipano da série principal entre 1998 e 1999. Entretanto, veio a temporada 2003 e o rebaixamento, que enterrou o Coritiba na série A-2.

Uniforme oficial do Coritiba sergipano (foto: reprodução da internet)

Para esse ano, o alviverde do agreste traz como principais reforços os jogadores Jajá, que jogou no Sergipe e Itabaiana, Carlos Alberto, ex-zagueiro do São Paulo e do América-MG, e o meia pernambucano Felipe Sertânia. Para liderar o plantel, a direção escalou Marcos Mendonça, que já foi técnico das divisões juvenis do Itabaiana, das seleções de São Domingos e Macambira e preparador físico do ASA de Arapiraca, do 13 da Paraíba e da seleção do Gabão.

Para motivar a equipe, Mendonça usa uma tática nada ortodoxa: lembrar os jogadores de que não há nada pior que a série A-2 do campeonato sergipano. “Passo para eles que estamos na zona mais baixa do futebol local. Não existe pior estágio que esse. Então o negócio é perseverar”. O técnico também ressaltou que o time irá atuar mesmo sem condições de trabalho. “Estamos sem alimentação e sem alojamento, e os jogadores só vão receber a partir do segundo mês de trabalho. Jogar sem dinheiro é complicado, mas temos que mostrar serviço primeiro”.

O presidente do Coritiba, José Wilson Cunha, o Gia, diz que o time está se virando como pode nas finanças. “Algumas empresas estão dando alguma ajuda, mas estamos nos mantendo com recursos próprios mesmo”. O dirigente ressaltou ainda que o primo rico sabe da existência de sua imitação nordestina, e destaca que não medirá esforços para buscar ajuda no sul se o Coritiba sergipano subir. “O Coritiba do Paraná nos conhece. Se subirmos, vamos ter visibilidade e podemos até pedir algum apoio a eles”. O Coritiba estreia na tarde deste domingo, 15, no estádio Brejeirão, em Tobias Barreto. Seu primeiro desafio será contra o Amadense.

Por Igor Matheus

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