
A maionese caseira pode representar sérios riscos à saúde se estiver contaminada por bactérias, como a Salmonella, segundo alerta do Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS). A bactéria, responsável por casos de intoxicação alimentar, pode provocar internações e até óbito.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, a Salmonella é uma bactéria da família Enterobacteriaceae, transmitida pela ingestão de alimentos contaminados. Os sintomas costumam surgir entre 6h e 72h após o consumo e podem incluir náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia, persistindo por até uma semana.
Produzida, geralmente, à base de ovos crus e óleos, a maionese caseira é altamente perecível. Sem o acondicionamento adequado, o risco de proliferação de microrganismos aumenta consideravelmente. A microbiologista do ITPS e doutora em Biotecnologia, Rejane Batista, orienta que o condimento seja mantido refrigerado e consumido em curto prazo.
“O armazenamento adequado da maionese caseira é essencial para prevenir infecções graves. Condições corretas de higiene e temperatura reduzem significativamente os riscos de contaminação e de intoxicações alimentares”, afirma a doutoranda.
A Salmonella pode estar presente nos ovos e, uma vez ingerida, causar quadros severos de intoxicação. Para minimizar os riscos, a recomendação é utilizar ovos cozidos, pasteurizados ou liofilizados. Além disso, é fundamental higienizar as mãos e os utensílios utilizados no preparo para evitar a proliferação de bactérias.
Produção e cuidados
Os cuidados não se restringem ao consumidor final: toda a cadeia deve estar atenta, desde a produção até o consumo. Na etapa de fabricação, a classificação e a refrigeração dos ovos, assim como o transporte em condições adequadas, são medidas fundamentais para evitar oscilações de temperatura que favorecem a multiplicação da Salmonella e de outros microrganismos indesejados.
Quando realizada, a lavagem dos ovos precisa ser cuidadosamente controlada, com uso de água de qualidade, temperatura correta e secagem imediata, para evitar a penetração de microrganismos pela casca. Já no ambiente doméstico, a orientação é não lavar os ovos antes do armazenamento, mantê-los em recipientes fechados, sempre nas prateleiras da geladeira e nunca na porta, onde as variações de temperatura são mais frequentes”, explica Rejane Batista.
Com informações da ASN