2º turno: Jackson Barreto critica posição de Valadares

Jackson e Belivaldo: "caráter excepcional" (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

“Coligação não vai segurar minha língua”. O desabafo vem do governador Jackson Barreto (PMDB), reeleito no primeiro turno das eleições gerais realizadas no domingo, 5, com 5% da preferência do eleitorado sergipano e com o apoio do PSB. Jackson se refere à postura da cúpula do partido aliado, liderado pelo senador Antonio Carlos Valadares, em apoio à candidatura do ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, que disputa a Presidência da República pelo PSDB. “Não gostei desta posição”, arrematou o governador em entrevista concedida a jornalistas nesta terça-feira, 14.

Jackson Barreto fez referência à posição adotada pelas lideranças do PSB nos Estados da Bahia e do Amapá, que optaram pelo apoio declarado à reeleição de Dilma Rousseff, e até citou as críticas feitas pelo ex-presidente da Executiva Nacional do PSB, Roberto Amaral, considerando que, ao declarar apoio a Aécio Neves, o partido estaria negando compromissos programáticos e estatutário e estaria menosprezando “o árduo esforço de construção de uma resistência de esquerda, socialista e democrática”, conforme publicado no blog pessoal de Amaral no final de semana.

“O próprio presidente nacional [do PSB] deixou a direção, mas disse: para o Brasil avançar é com Dilma e Aécio é o atraso. Não sei porquê esta dubiedade aqui em Sergipe. Eu não gostei e expresso o que senti e sinto”, observou o governador Jackson Barreto, sem dar importância aos reflexos do divisionismo do PSB poderá trazer para a aliança partidária, que caminhou pela eleição de Belivaldo Chagas, indicado por aquela sigla, como vice de Jackson. “E eu sei lá, não estou nem aí preocupado com isso, mas não vou deixar nunca de falar o que eu sinto e o que eu acho: não gostei”, frisou.

Jackson Barreto revelou que o senador Antonio Carlos Valadares não o procurou antes de anunciar o apoio a Aécio Neves, mas deixou claro, nas entrelinhas, que a postura da cúpula não atrapalhará a aliança. “O senador não conversou comigo. Ele é dono da vida dele e eu sou o dono da minha vida, ele é o dono da opinião dele e eu o dono da minha opinião”, ressaltou, ao tempo em que reconheceu a lealdo do vice, que tem declarado abertamente apoio a Dilma Rousseff. “Belivaldo é um homem de um caráter excepcional”, observou.

Mas cutucou o senador Valadares. “O que eu não gosto na política é de dubiedade. É ser ou não ser. As pessoas têm que ter posições muito claras, não têm que ter dubiedade”, considerou. “Não vou mudar minha relação com o PSB em nenhum momento. Agora, não vou deixar de expressar o que eu penso, o que eu sinto e o que eu acho”.

Jackson Barreto também alfinetou os próprios correligionários. “Sei que tem muita gente do PMDB no Brasil torcendo o nariz para Dilma, mas são pessoas que não têm formação político-ideológica, sem compromisso com o povo. No PMDB tem vários, mas isso não é de partido é da cabeça e da consciência das pessoas”, conceituou.

Por Cássia Santana

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