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Cúpula se reúne com filiados em Sergipe (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
“Vamos acatar a decisão nacional, respeitando a particularidade de cada município e dos companheiros”. Com este pronunciamento o deputado federal Valadares Filho (PSB) anunciou a posição da sigla em solo sergipano no segundo turno das eleições. Na manhã desta sexta-feira, 10, a cúpula reuniu os filiados para debater a decisão da Executiva Nacional em apoio ao presidenciável Aécio Neves, candidato do PSDB.
Diante do divisionismo do grupo, o consenso pela liberdade de escolha prevaleceu. “Foi uma decisão democrática e vamos respeitar a liberdade dos companheiros”, considerou Valadares Filho.
Na quarta-feira, 8, ocorreu a reunião da executiva nacional do PSB, em Brasília, onde os sergipanos se manifestaram pela “neutralidade”, mas foram voto vencido. De acordo com informações do deputado federal Valadares Filho, em 21 Estados o partido optou pelo apoio a Aécio Neves. Apenas o Amapá votou favorável a Dilma e, nos demais Estados [Sergipe, Bahia, Paraíba e Piauí], os socialistas se posicionaram pela neutralidade, deixando à vontade todas as lideranças para escolher o candidato. “Fomos voto vencido, mas democrático e isso será respeitado”, declarou Valadares Filho, antes do início da reunião.
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Thiago: "maioria está com Dilma" |
O senador Antonio Carlos Valadares fez um relato sobre a postura do PSB ao longo da disputa eleitoral, dos traumas com a morte do ex-governador Eduardo Campos, que morreu no dia 13 de agosto deste ano, vítima de acidente aéreo que deixou os sete passageiros mortos, entre eles o ex-deputado federal sergipano Pedrinho Valadares.
Na reunião desta sexta, o senador Valadares revelou que, em Sergipe, o partido ficou isolado, sofreu humilhações dos adversários e admitiu também ter sido vítima da resistência de próprios aliados da base que deu sustentação à reeleição do governador Jackson Barreto (PMDB) “Tive uma séria preocupação porque ficamos isolados”, lamentou. “Eduardo Campos evitava vir aqui porque estávamos com Jackson e o PT, Marina também evitou”, avisou. “Eles não diziam isso, mas entendi nas entrelinhas, uma vez que não atendemos ao apelo que era apoiar Amorim”.
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Valadares com a cúpula antes da reunião |
“Estamos diante desta situação, um tanto complexa e delicada e eu não quero resolver só, quero resolver com os meus companheiros com os quais vivi todos os momentos”, explicou Valadares.
Divisionismo
Na reunião desta sexta-feira, 10, em Aracaju, destacou-se a preocupação dos prefeitos e vice filiados ao partido, que ficaram divididos em decorrência dos reflexos do primeiro turno e das particularidades das bases no interior. “Não tem condição [seguir a orientação da direção nacional do PSB]. Lá [no município que governa], quem faz oposição a mim, vota em Aécio. A disputa é muito grande e isso vai refletir nas eleições de 2016”, observou o prefeito Atevaldo Veríssimo Cardoso, de Amparo do São Francisco.
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Avelar: posição pela liberdade de escolha |
“Eu mesmo não voto em Dilma”, reagiu o vice-prefeito José Avelar Feitosa, vice-prefeito de Canindé do São Francisco. “Isso é uma questão pessoal”, considerou a liderança política ao defender, em pronunciamento que fez durante a reunião, a liberdade de escolha para os socialistas neste segundo turno das eleições.
Apesar da direção nacional do PSB migrar pelo apoio a Aécio Neves, o prefeito Thiago Dória, de Poço Verde, não tem dúvida que a grande maioria dos onze prefeitos sergipanos filiados ao PSB tem preferência por Dilma Rousseff. “Com certeza, a maioria está com Dilma”, considerou. “Esqueci um pouco a sigla e estou com o povo e isto significa dizer que estou com Dilma”, observou o prefeito que, como outros, participou do ato realizado pela presidente em Aracaju na quinta-feira, 9.
“Com que cara vou contrariar minha ideologia? Dilma representa o que construímos e vi muitas pessoas decepcionadas com o PSB”, posicionou-se o vereador Max Prejuízo, o primeiro orador na reunião, após o pronunciamento do senador Valadares.
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Valadares Filho: decisão democrática |
O presidente da Executiva Estadual do PSB, Paulo Viana, informou que o PSB fará campanha pró-Aécio Neves em solo sergipano. Ele adverte que o partido atuará de forma independe, sem se aproximar do agrupamento adversário, onde estão amparadas as siglas mais próximas do ex-governador de Minas Gerais: o PSDB e os demais partidos liderados pelo senador Eduardo Amorim (PSC), que perdeu a disputa pelo Governo de Sergipe ainda no primeiro turno realizado no domingo, 5. “Amorim faz a campanha dele e a gente, a nossa”, reagiu Viana.
Por Cássia Santana
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