Estudantes de nível superior participaram de um debate ocorrido na manhã deste sábado, 30, em Aracaju envolvendo os problemas que os nove estados da região Nordeste e dois do Sudeste estão enfrentando em decorrência do derramamento de óleo no litoral brasileiro. Além dos nove estados do Nordeste, os estados do Espírito Santos e o Rio de Janeiro também foram atingidos pela substância oleosa que continua aparecendo no litoral.
A origem desse óleo continua desconhecida e a equipe que compõe o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) criado pelo governo para atuar no enfrentamento desse problemas falaram dos efeitos dessa substância no meio ambiente, sobre a população afetada e relataram as ações que estão sendo realizadas para monitorar o meio ambiente e fazer a limpeza das praias atingidas pela substância oleosa.
O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Paulo Amilcar, deixou claro que os pescadores são efetivamente os seres humanos mais afetados pela substância oleosa e assegurou que o Governo Federal já criou alternativas para ampará-los e que a instituição, enquanto órgão público, está respondendo a uma série de ações judiciais, acusada por responsabilidade de questões que não são mais de atribuição daquele instituto.
Paulo Amilcar destacou a Medida Provisória assinada pelo presidente da república Jair Bolsonaro que institui o auxílio emergencial pecuniário para os pescadores afetados pela substância oleosa e esclareceu que o ordenamento pesqueiro no Brasil está sob a responsabilidade do Ministério da Agricultura e não mais do Ibama.
A professora Emmanuelly dos Santos, especialista em gestão em políticas pública, mestre em desenvolvimento do meio ambiente e uma das organizadoras do evento, destacou a importância da iniciativa como forma de informar a comunidade universitária sobre a real situação. “Nos preocupamos com o público acadêmico que está o tempo inteiro em contato constante com as redes sociais e essas redes sociais nos trazem diversas informações que muitas vezes não condizem com a realidade”, destacou a professora.
Pesquisa
Alternativa também que contribui com os grupos de pesquisas existente no âmbito acadêmico. “É importante que a gente entenda todo o planejamento das políticas públicas traçadas para que a própria academia se preocupe dentro do campo de pesquisa e participe junto com a sociedade civil desse processo de melhoria de qualidade do planejamento de políticas públicas”, observou.
Além da participação de Paulo Amilcar do Ibama, também ocorreram palestras com o professor Agripino Santos, que também é procurador do estado, com o presidente da Adema, Gilvan Dias, com superintendente da SPU em Sergipe, Jovanka Leal, com o secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, Ubirajara Barreto, e o chefe da Defesa Civil estadual, Alexandre José.
Os debates também contaram com participação do superintendente de Recursos Hídricos na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, Ailton Rocha, representante da Secretária de Estado da Saúde, Àvio Britto, da Vigilância Sanitária, Alexsandro Bueno, e do capitão de fragata Guilherme Conti Padão, da Capitania dos Portos em Sergipe, que representou a Marinha do Brasil.
por Cassia Santana
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