Evânio Moura: "A sociedade não acha errado furar a fila e comprar CD pirata" (Fotos: Portal Infonet) |
“Erradicar a corrupção no país é difícil, porque todas as comunidades sofrem desse mal. A corrupção no país está de forma banalisada, quer seja por meio da cervejinha que se paga ao guarda para se livrar de uma infração, quer seja as malas de dinheiro da Lavajato. Infelizmente a nossa sociedade não acha errado furar a fila, dar cervejinha ao guarda, comprar CD pirata, ultrapassar pelo acostamento, que também são condutas corruptas”. A análise foi feita na manhã desta sexta-feira, 2, pelo advogado Evânio Moura, durante evento sobre o Combate à Corrupção no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE).
De acordo com Evânio Moura, a corrupção tem três eixos perniciosos: atenta contra a democracia, tem caráter de transnacionalidade e é um combustível inerente ao crime organizado. Não tem crime organizado sem corrupção. Você não consegue formar uma quadrilha pra saquear os cofres públicos, se não houver a participação, a conivência, a anuência de agentes públicos. Não há um escândalo nesse país, que não haja envolvimento de agentes públicos”, ressalta acrescentando que existe corrupção tanto na esfera pública, quanto em instituições privadas, a exemplo de associações e condomínios.
Várias autoridades participaram do evento |
Segundo o presidente da OAB/SE, Carlos Augusto Monteiro, o Conselho Federal da Ordem vem promovendo uma forte campanha de combate à corrupção no país. “E a seccional sergipana não estaria fora dessa programação através das comissões de Combate à Corrupção e de Controle da Administração Pública, promove esse evento que visa o debate e a reflexão sobre o enfrentamento de forma efetiva e contundente dessa chaga chamada corrupção no nosso país”, enfatiza.
O coordenador do Grupo de Combate à Improbidade Administrativa do Ministério Público Estadual (MPE), Henrique Cardoso, também participou do evento.
“A ideia do debate na verdade é somar esforços. As instituições tem que colocar como pauta do dia, o combate à corrupção e a OAB vem defendendo essa prática. O advogado como função vai defender alguns envolvidos, mas a OAB como instituição ela tem que ser vista de maneira diferente da atuação específica do advogado, que estará defendendo os interesses dos seus constituídos e o evento traz ao debate essas questões”, entende.
Carlos Augusto: "Enfrentamento de forma efetiva"
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Por Aldaci de Souza
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