Advogado pedirá quebra de sigilo de testemunha

Testemunhas prestam depoimento (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

O advogado Israel Mendonça Souza pedirá a quebra de sigilo das contas pessoais e dos bens de Geverson Luiz de Jesus, filho de Clarisse Jovelina de Jesus, ex-presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Nova Veneza (Amanova), contemplada com cerca de R$ 2 milhões por verbas de subvenções destinadas pela Assembleia Legislativa por indicação de alguns deputados estaduais.

O advogado Israel Mendonça defende o réu Nolet Feitosa, que assinou delação premiada e denunciou o esquema supostamente montando no Poder Legislativo Estadual para desviar as verbas de subvenções. Nolet é um dos réus na ação movida pelo Ministério Público, onde também estão no rol dos suspeitos os deputados estaduais Augusto Bezerra (DEM) e Paulo Hagenbeck Filho, o Paulinho das Varzinhas (PT do B), que fizeram as indicações para contemplar a Amanova com as verbas de subvenções.

Apesar do filho da presidente da Associação não figurar como réu nesta ação penal, o advogado Israel Mendonça Souza não tem dúvida que Geverson Luiz também foi beneficiado pelo esquema. O advogado garante que, com o dinheiro que recebeu de Nolet Feitosa, a testemunha teria comprado um veículo. E, por esta razão, pedirá a quebra de sigilo junto a outros órgãos para rastrear os bens dele, inclusive no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Valter Neto: dinheiro devolvido integralmente 

Geverson Luiz relatou, no depoimento que prestou em juízo esta semana, que a mãe dele e a ex-tesoureira da Amanova, Alessandra de Deus, teriam sofrido ameaças e pressionadas para assinar os cheques da entidade para que os valores fossem sacados na boca do caixa e distribuídos entre outras pessoas que teriam “emprestado” a conta bancária para receber os recursos das subvenções. Gerverson Luiz e também o ex-vice-presidente da Amanova, Enaldo Vieira Silva, revelaram que as ameaças supostamente feitas por Nolet também foram dirigidas à procuradora da república Eunice Dantas, responsáveis pela investigação que se iniciou na Justiça Eleitoral em processo judicial por conduta vedada. Nolet nega qualquer tipo de ameaça e credita as denúncias a manobras articulada para inocentar as dirigentes da Amanova nos processos judiciais.

Ao ficar informado sobre a versão do advogado Israel Mendonça, que defende Nolet Feitosa, o advogado Valter Neto, que defende Clarisse Jovelina e Alessandra de Deus, reage: “que ele prove”. Valter Neto garante que os cheques depositados na conta bancária de Geverson Luiz e o montante sacado pelas dirigentes da entidade foram, em sua totalidade, devolvidos a Nolet Feitosa.

Por Cássia Santana

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