Ana Alves deixa prisão com tornozeleira eletrônica

Jornalista está em liberdade, mas não pode sair de Aracaju (Foto: Facebook/arquivo pessoal)

A jornalista Ana Alves, que obteve a liberdade nessa sexta-feira, 8, está sendo monitorada por meio de tornozeleira eletrônica. De acordo com o advogado Evânio Moura, apesar de estar em liberdade, Ana Alves não pode sair da capital sergipana.

A liberdade foi concedida pelo juiz Alexandre Magno de Oliveira, da 2ª Vara Criminal, após novo pedindo de reconsideração (da decisão que negou o habeas corpus) feito pela defesa de Ana Alves. A jornalista saiu do Presídio Feminino na tarde dessa sexta-feira, 8. 

No pedido, a defesa utilizou a saúde de Ana Alves como principal motivo para a concessão de liberdade. Ana Alves é diabética, teve problemas com a alimentação e chegou a passar mal dentro do Presídio Feminino. A defesa explicou também que a liberdade de Ana Alves não prejudicaria o andamento do inquérito, já que a investigação está praticamente concluída e todos os envolvidos já foram ouvidos.

Prisão

Ana Alves foi presa no dia 1º de dezembro na sede do Ministério Público Estadual (MPE), por promotores de justiça do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecco) e da equipe do Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap).  A prisão é consequência de investigações da Operação Caça-Fantasmas, ramificação da operação Antidesmonte. Ana Alves é investigada pelos crimes de peculato, formação de organização criminosa e obstrução de investigação.

A defesa da jornalista pediu a concessão de habeas corpus, mas sem sucesso. Em seguida, os advogados pediram a reconsideração dessa decisão, mas o desembargador Diógenes Barreto manteve a prisão. Houve um novo pedido de reconsideração (tendo a saúde de Ana Alves como uma das justificativas), mas dessa vez diretamente ao juiz Alexandre Magno, que acatou e concedeu a liberdade, porém com uso de tornozeleira eletrônica.

Ana Alves era presidente do Diretório Estadual do Democratas, mas renunciou ao cargo.

Por Verlane Estácio