Angélica chora na Tribuna da Assembleia Legislativa

Presidente da Assembleia Legislativa vai às lágrimas (Foto: Portal Infonet)

Quem esteve na Assembleia Legislativa de Sergipe na tarde desta segunda-feira, 5 pôde acompanhar mais um capítulo da novela ‘Eleição da Mesa Diretora’, com direito ao choro da presidente reeleita Angélica Guimarães (PSC). Ela fez um relato  dos desdobramentos e consequências do processo, “sem meias verdades” e quando lembrou que tudo o que teve na vida foi com esforço, não conseguiu conter as lágrimas.

Segundo Angélica, uma instituição da envergadura de um Poder Legislativo não pode e não deve manter o seu funcionamento, esquecendo de oferecer aos servidores e assessores, as mínimas condições de trabalho para o bom desempenho de suas tarefas.

Início da novela

Ela citou entre projetos futuros defendidos pelos atuais componentes da atual Mesa Diretora, a construção do Anexo da Assembleia, a elaboração de um Plano de Cargos e Salários visando solucionar as distorções salariais dos servidores.
“Com os propósitos administrativos definidos e planejados, resolvi cientificar ao governador, a nossa intenção em promover o processo da eleição da Mesa Diretora para o biênio 2013/2015 e o fiz no dia 2 de fevereiro, mas senti um desconforto transmitido no semblante do governador que se colocou contra a antecipação”, ressalta.

Sem citar qualquer interferência dos irmãos Edvan e Eduardo Amorim, Angélica disse que demonstrou ao governador Marcelo Déda que estaria agindo de acordo com as regras regimentais, apresentada pelo líder do Governo, deputado Francisco Gualberto, aprovado por votação unânime, e que não era novidade, pois, já havia ocorrido em 2008, quando da eleição do deputado Ulices Andrade em 2008.

Segundo capítulo

A presidente da assembleia afirmou ter começado a refletir sobre a postura do governador em relação do Poder Legislativo. “Fui montando aos poucos um jogo de quebra-cabeça, lembrei-me dos acordos perpetrados no processo eleitoral de 2010 e comecei a observar que o problema não era a antecipação, mas a posição da deputada Angélica como presidente”, acredita lembrando que o cenário montado em 2010 começava a sofrer arranhões.

Terceiro capítulo

Ela destacou que a sua iniciativa foi conversar com pares. “Oito dias após o encontro com o governador, conversei demoradamente com a deputada Conceição Vieira deixando claro que gostaria que ela se mantivesse na primeira secretaria  e no mesmo dia conversei com o deputado Francisco Gualberto, mostrando o desejo de manter a mesma composição, pois no momento em que eu tivesse a maioria, o processo seria deflagrado e falei por diversas vezes com o deputado Garibaldi Mendonça (PMDB) dizendo que ele era o vice-presidente da minha preferência”, conta.

Gota D’Água

Em mais um capítulo do episódio, Angélica Guimarães relatou que a assessoria recebeu uma ligação de uma assessora do terceiro andar do Palácio desejando saber a data de nascimento da presidente da Assembleia, dizendo precisar da data completa, com dia, mês e ano.

“Foi a gota d’água. Esperar por mais o que, se as tentativas para a nova composição já eram videntes. Quem é mais velho, ganha no processo de empate. Com a negativa do PT e do PMDB em permanecerem na Mesa, convidei o DEM, que, juntamente com o PP do deputado Venâncio Fonseca formam um bloco de quatro membros”, diz.

Decisão

Quanto ao dia em que a novela ‘pegou fogo’ [antecipação da eleição na última segunda-feira, 27], Angélica Guimarães não se conforma em estar sendo chamada de ‘traidora e de ter dado golpe’.

“Tudo que consegui na minha vida foi com esforço, estudei em escola pública, passei em concursos públicos, entrei na política e sai da Prefeitura de Japoatã sem nenhum processo, estou no meu quarto mandato como deputada e na minha história de vida não cabe a mácula da traição. Na minha cabeça nada muda, temos responsabilidade pública para agir e decidir sem causar  qualquer prejuízo para o Estado de Sergipe”, garante.

Capítulo final?

O deputado Venâncio Fonseca (PP), solicitou o final imediato do episódio mais polêmico dos últimos tempos na Assembleia Legislativa de Sergipe.

“Vamos acalmar os ânimos. Esse episódio deve acabar para que as comissões passem a funcionar dentro da normalidade e tranqüilidade e os projetos sejam trazidos para a votação. Acabou. A eleição foi feita e os membros da Mesa foram escolhidos de forma democrática. Cada deputado tem sua posição e agora existem três grupos na Assembleia Legislativa de Sergipe: o grupo do Governo, o grupo da oposição, do qual faço parte e o grupo dos irmãos Amorim”, destaca.

Por Aldaci de Souza

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