Apesar de doações e turismo, Parque dos Falcões enfrenta dificuldades

Alese promoveu audiência pública sobre o Parque dos Falcões (Foto: Portal Infonet)

O Parque dos Falcões, localizado cidade de Itabaiana, no agreste sergipano, encontra dificuldades para se manter. O principal desafio é alimentar as mais de 600 aves atendidas no local, e que não param de chegar.

A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) realizou uma audiência pública sobre o Parque nesta quinta-feira, 18. Foram convidados Yuri Souza, voluntário, e Percílio Mendonça, fundador.

Parque dos Falcões abriga mais de 600 aves de rapina (Foto: Setur)

É um dos poucos que têm a autorização do Ibama para a criação, multiplicação e preservação de aves em cativeiro. As despesas, apesar de ser uma área com grande atrativo turístico, crescem e aperta o orçamento. “Com o desmatamento, a gente tem vários chamados de pássaros machucados. Tem a dificuldade de deslocamento para a Serra e cidades circunvizinhas. Fazemos o trabalho de recuperação e liberamos para a natureza. Gastamos em média 100kg de carne por semana e é uma despesa muito grande. Temos colaboradores, recebemos doações, e contamos também com os turistas”, disse Yuri.

Um dos principais desafios era a segurança. Após recorrentes episódios de assaltos, roubos e até maus-tratos aos animais, a presença da Polícia Militar (PM) melhorou a situação. “O Governo pôs a polícia. Há câmeras lá, e o Batalhão consegue monitorar lá dentro”, disse Percílio.

Yuri e Percílio se dedicam às aves em Itabaiana (Foto: Portal Infonet)

Trabalho de uma vida

O amor de Percílio por aves é antigo. Desde os sete anos de idade que ele tenta preservar as aves de rapina. “Sou muito feliz. Recebemos aves de várias partes do país, o Ibama envia aves que estão deficientes, vindas de zoológicos, por exemplo”.

Lá, podem ser encontradas espécies raras, como a harpia, a ave de rapina mais poderosa do planeta, que pode chegar a até 2 metros e peso de 10kg e o urubu branco.

“Rezo para o Brasil melhorar, para que o ser humano tire pelo menos uma hora por dia para preservar a natureza. Tenho fé que vamos melhorar. Há 34 anos que vivo com aves. O amor que elas me dão é tudo”.

Por Victor Siqueira

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais