Arimatéia no primeiro depoimento (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
No último dia 20 de julho, o vereador Antônio Arimatéia, prestou novo depoimento em audiência que apura irregularidades na aplicação das verbas de subvenções, repassadas pelo então deputado estadual Adelson Barreto (PSC) para a Sociedade Musical Lira Nossa Senhora da Conceição em Capela, no valor de R$ 600 mil.
E, diferente do que havia dito no primeiro depoimento em 14 de maio, o vereador disse ter repassado R$ 400 mil, sendo R$ 200 mil da Lira e R$ 200 mil da associação de Muribeca. E, ainda que o dinheiro era entregue ao próprio parlamentar na Colina do Santo Antônio e no estacionamento do Hospital São José.
O advogado de Adelson Barreto, Emanoel Cacho não vê como o cliente ser condenado e acha estranha a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE) em divulgar os vídeos com o depoimento de Arimatéia à imprensa, pois isso veio a público e também a divulgação foi muito estranha. A Justiça só entrega esse tipo de prova na mídia [coloca esse tipo de gravação ao acesso popular], quando o processo está muito ruim para condenar alguém. Ai pra justificar, coloca na rua para pelo menos desmoralizar os acusados”, entende.
E entrando no TRE para o segundo depoimento |
Quanto à mudança no depoimento, Cacho ressaltou: “Esse rapaz tinha prestado depoimento anteriormente na Justiça Eleitoral. Já no final do processo ele volta contando uma nova versão, dessa vez imputando Adelson que teria se apropriado do dinheiro, mas na versão anterior, ele diz que o dinheiro foi aplicado, foi investido. Acho que ele realmente se apropriou desse dinheiro e quer na verdade fugir. Não tem nenhuma prova de que Adelson recebeu esse dinheiro. A associação é honesta, digna, todo mundo conhece a Lira e a de Muribeca também é séria e as duas instituições já receberam verbas de Adelson Barreto e nunca houve operação desse tipo. Esse ano, talvez tenha enxergado uma chance de ganhar dinheiro e tenha feito isso”, acredita.
Emanoel Cacho: "Vamos processar o vereador, pela calúnia dele" |
E reafirmou que vai processar Antônio Arimatéia. “Nós vamos processar o vereador, pela calúnia dele, primeiro porque ele não vai ter como provar nunca que o deputado recebeu esse dinheiro. A gente não pode chamar isso de delação premiada porque ele não relatou o crime, como compra de votos”, diz.
Por Aldaci de Souza
Confira o vídeo de Arimatéira cedido pelo TRE/SE
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