Assessora de Valdevan ganha direito a prisão domiciliar

Acusada de captar recursos irregularmente em favor da campanha do deputado federal eleito José Valdevan de Jesus, o Valdevan Noventa (PSC), a radialista Karina Liberal ganhou o direito de ser liberada do presídio, mas permanecerá em prisão domiciliar. A prisão preventiva foi substituída por prisão domiciliar por maioria dos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em julgamento de recurso ocorrido na tarde da quarta-feira, 29.

O desembargador Diógenes Barreto, relator do processo, negou o pedido da defesa, mas houve voto divergente e a maioria dos membros da Corte Eleitoral entendeu pela necessidade de substituição da medida em decorrência de uma série de fatores que beneficiam a acusada, inclusive pelo fato da condição de mãe de uma criança que está precisando da assistência materna.

Apesar da decisão do TRE, a assessora do deputado eleito ainda não deixou o presídio, onde está detida desde o dia 18 de dezembro do ano passado. O processo retornará à 2^a Zonar Eleitoral para que a juíza Soraia Gonçalves determine as condições que deverão ser impostas à acusada, a título de medidas cautelares, para o cumprimento da prisão domiciliar.

Conforme denúncia do Ministério Público Eleitoral, Karina Liberal funcionava no suposto esquema para fraudar doações de campanha como responsável para conseguir os CPFs e utilizar os titulares dos documentos como “falsos doadores” em benefício da campanha eleitoral de Valdevan Noventa.

Tornozeleira eletrônica

O deputado federal eleito Valdevan Noventa também foi preso, mas foi beneficiado por habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foi libertado e está monitorado por tornozeleira eletrônica. A defesa pediu o relaxamento das medidas cautelares que acabariam com a obrigatoriedade do acusado usar a tornozeleira eletrônica, mas a juíza Soraia Gonçalves não conheceu o recurso. No entendimento da magistrada, o recurso deveria ter sido interposto no TRE. Valdevan continua em cumprimento das medidas cautelares impostas pela juíza da 2^a Zona Eleitoral.

por Cassia Santana