Aterro: consórcio não fecha acordo por falta de unidade

José Américo: "Eu queria ter a arrecadação de Canindé para pagar mais" (Fotos: Portal Infonet)

Gestores dos municípios que fazem parte do Consórcio de Saneamento Básico do Baixo São Francisco se reuniram na manhã desta segunda-feira, 16 no auditório da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (FAMES) para discutir a permanência ou não do município de Canindé do São Francisco, visando a construção de dez aterros sanitários. O valor do rateio é que vem emperrando, pois Canindé deverá pagar R$ 23 mil enquanto que os 27 municípios, uma média de R$ 6 mil.

O presidente do Consórcio do Baixo São Francisco, o prefeito de Propriá, José Américo Lima (PSC), explicou que das 28 cidades que vão ratear para o desenvolvimento do projeto dos resíduos sólidos, apenas a Prefeitura de Canindé ainda não assinou o rateio.

“Temos um grande entrave porque 27 cidades já assinaram o rateio e apenas Canindé não assinou e a gente vai discutir se caso o município não assine, se vai fazer o projeto dos resíduos sólidos sozinho. O Baixo São Francisco compreende 28 cidades e vamos ter quatro grandes aterros e mais seis de médio porte. Canindé faz parte do consórcio, mas está recusando assinar porque o valor do município é maior do que das outras cidades”, ressalta.

Indagado sobre os valores, José Américo enfatizou que o valor do rateio para Canindé do São Francisco é de R$ 23 mil e as outras a exemplo de Propriá e Nossa Senhora da Glória, é de R$ 6 mil.

“Eu queria poder ter a arrecadação que Canindé tem para poder dar mais, então quem tem mais, dá mais e quem tem menos, dá menos. É uma proporção de 0,30% pra todos. Ele não aceita e marcamos essa reunião para decidir se ele continua ou se sai do consórcio”, complementa.

Canindé

O assessor de gabinete do prefeito Heleno Silva (PRB), Heráclinton Oliveira de Azevedo ficou surpreso pelo fato de os gestores não terem sido convidados para a reunião na Fames e destacou que Canindé não quer ficar de fora do consórcio.

“Eu não sei porque não fomos convidados para essa reunião porque já apresentamos algumas propostas e estamos abertos ao diálogo. Canindé não quer ficar de fora do consórcio. A nossa primeira proposta foi de que o rateio seja feito pela renda per-capita e não pelo ICMS e FPM, até porque tivemos uma redução de mais de 60% do ICMS. A nossa população de acordo com o Censo 2014, é de pouco mais de 28 mil habitantes. A população de Glória por exemplo, é de 34 mil habitantes. Mas não aceitaram”, lamenta acrescentando que foi feita a proposta de uma base de cálculo mediadora em que o município pagaria R$ 11 mil, mas não obtiveram resposta.

Por Aldaci de Souza

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