Augusto Gama presta depoimento na Comissão da Verdade

João Augusto Gama durante depoimento na manhã desta segunda-feira, 18 (Foto: Portal Infonet)

O secretário de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), João Augusto Gama da Silva foi o convidado desta segunda-feira, 18, para relembrar os momentos vividos em Sergipe, durante o período da Ditadura Militar. O depoimento aconteceu no auditòrio do Museu da Gente Sergipana.

“Fui convocado pela Comissão da Verdade para dar o meu depoimento sobre os acontecimentos ocorridos em Sergipe, desde a redemocratização com a queda de Getúlio Vargas. A gente sabe que há coisas a ser apuradas lá atrás com a morte do operário Anízio Dário, que é um episódio pungente da história de Sergipe, que precisa ser contado com toda a mesquinhez daquele momento e a grandeza de Anízio Dário”, entende.

De acordo com João Augusto Gama, o que há de mais tenebroso em Sergipe é o Golpe Militar de 1964. “Posteriormente é o seu recrudescimento com o ato institucional nº 5 em 68 e a Operação Cajueiro em 76. Esses seriam os episódios mais dramáticos da História de Sergipe, recente. De todas as maneiras, a minha geração, do governador Jackson Barreto, de Wellington Mangueira, de Francisco Varela, de Benedito Figueredo, Bôsco Rollemberg, somos parte dessa história, algumas vítimas, mas todos testemunhas”, ressalta.

Ele destacou ainda a importância da Comissão da Verdade. “Nós estamos relatando e eu já havia escrito sobre a importância da Comissão da Verdade porque não adianta a Comissão apenas ouvir esses fatos e guardar aqui, é preciso que seja repassado, que as pessoas tomem conhecimento do que ocorreu para que esses assuntos não voltem a acontecer na vida brasileira. Vamos evitar que haja um retorno a essa realidade terrível”, enfatiza.

“No dia de hoje, teremos o depoimento muito importante de alguém que militou de modo muito presente, vindo a ser presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Sergipe, durante a década de 68, quando muitos brasileiros e sergipanos foram presos, mas não se acovardaram. O trabalho que se faz aqui na Comissão é de pesquisa, de investigação, de resgate e fundamentalmente da necessidade de resgate e difusão de momentos importantes da nossa história”, completa o secretário de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania, Antônio Bittencourt Júnior.

Comissão

A Comissão da Verdade, instituída pelo governador Jackson Barreto é composta por Andréa de Albuquerque, Gabriela Mara Rebouças, Gilberto Francisco dos Santos, Gilson Sérgio Matos Reis, José Afonso do Nascimento e José Vieira da Cruz. É presidida pelo professor Josué Modesto dos Passos Sobrinho.

Serão ouvidos na terça-feira, 19, Francisco Alves Menezes e na quarta-feira, 20, Francisco Carlos Nascimento Varela. Ao final, será dado prazo de dois anos para a elaboração de um relatório sobre todos os depoimentos. O primeio a depor na Comissão da Verdade foi o goverandor Jackson Barreto.

Por Aldaci de Souza

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