Avilete garante continuar na disputa pelo Governo de Sergipe

Avilete desabafa na coletiva (Fotos: Portal Infonet)
“Eu continuo candidata ao Governo do Estado e peço ao povo de Sergipe que votem em mim para que o PSOL não se degenere e seja transformado em um novo PT”. Foi o que afirmou a professora Avilete durante coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira, 1º de outubro na Confraria do Cajueiro. Na ocasião, ela informou que estará pedindo a expulsão de todas as pessoas que assinaram o pedido de impugnação a sua candidatura.

De posse de vários documentos, inclusive uma queixa policial contra o que classificou de perseguições e humilhações dentro do partido e ainda de e-mails internos denegrindo a sua imagem, Avilete garante não ter recebido qualquer comunicado do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informando da impugnação

Candidata mostra documentos
a sua candidatura requerida pela Executiva Estadual do PSOL.

De acordo com Avilete Cruz, assim que a Executiva Estadual do PSOL distribuiu uma nota nesta quinta-feira, 30, foi imediatamente ao TRE saber como deveria proceder. “Os técnicos do TRE me disseram que é impossível a minha candidatura ser impugnada, pois o tempo previsto para a decisão é de sete dias corridos e cinco dias úteis para a minha defesa e as eleições já acontecem neste domingo”, ressalta.

Pra ganhar

Reafirmando a candidatura, a professora Avilete tranqüilizou os seus eleitores. “Não recebi até agora nenhuma citação do TRE. Eu sou otimista e digo, entrei para

Professora diz que entrou na disputa para ganhar
ganhar a eleição. Quero dizer às pessoas que minha foto vai aparecer sim nas urnas. E que os votos serão válidos”, garante.

Expulsão

Referindo-se às informações dos dirigentes estaduais do PSOL durante coletiva na manhã desta sexta-feira, de que Avilete será expulsa do partido, ela disse que também vai entrar com uma ação visando expulsá-los. “Vou dar entrada na expulsão de todo que assinaram o documento, pois eu quero continuar defendendo a proposta de liberdade do PSOL, partido que renovou as esperanças da política brasileira e eles agiram com infidelidade partidária quando convocaram o povo a votar nos

“Minha foto vai aparecer nas urnas e os votos serão válidos”
candidatos Leonardo Dias (PCB) e Vera Lúcia (PSTU). O pior é que dentro do partido Leonardo não é bem aceito”, afirma.

Crise

Mostrando documentos e cópias de e-mails internos, a candidata disse que a crise começou há vários meses. “Eles queriam que Vera Lúcia fosse a candidata do partido, mas meu nome foi aprovado na convenção e até hoje eles não engolem. Por isso começaram a me perseguir, humilhar. Vejam vocês, a cópia do e-mail de uma petista, a professora da UFS, Alexandrina, que é ligada à deputada Ana Lúcia, parabenizando a posição da executiva contra a minha pessoa.

Eu não trouxe essa questão a público. Foi a própria executiva. Eu venho tentando contornar a crise. As perseguições só diminuíram porque eu prestei queixa na polícia, mas agora voltaram tudo porque querem trazer os deputados Ana Lúcia e Iran Barbosa para dentro do PSOL”, lamenta.

Nota

Avilete divulgou uma nota sobre o posicionamento em relação ao tema do aborto e em relação à crítica sobre a participação da candidata Dilma Roussef em movimentos armados de resistência à ditadura militar. “O PSOL garante em seus estatutos que seus militantes e filiados não são obrigados a se enquadrar nas deliberações majoritárias quando o tem for de consciência, princípios religiosos ou espirituais como é o caso do aborto. A professora Avilete Cruz, por princípio constante em sua consciência, é contrária à prática do aborto, mas respeita a decisão dos fóruns do PSOL, que defende um Estado laico e a discriminalização do aborto”, destaca a nota.

Sobre o tema da participação da candidata Dilma Roussef na resistência armada à ditadura militar, a nota diz: “admitimos nosso equívoco e fazemos aqui uma auto-crítica pública,  reafirmando mais uma vez, que o PSOL é um partido que encerra em seu patrimônio político-histórico a resistência popular a todas as formas de opressão, exploração e violação dos direitos humanos e em favor da liberdade.

Nesta sexta-feira, 1º, o Tribunal Regional Eleitoral indeferiu o pedido do PSOL para a retirada da candidatura de Avilete por entender que a candidata não teve direito à defesa.

Por Aldaci de Souza

 

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