Babel: diligência pode aumentar rol de suspeitos

Danielle, Gabriel e Nádia: novas diligências (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet)

Há possibilidade de aumentar o rol de suspeitos envolvidos em suposta irregularidade ocorrida nos contratos firmados pela Prefeitura de Aracaju com a empresa Torre Empresas para coleta de lixo e limpeza da cidade. Os desdobramentos resultantes da Operação Babel, que culminou com o indiciamento de 14 pessoas envolvidas nestas supostas irregularidades, poderão culminar com o indiciamento de outras pessoas, que ainda deverão ser ouvidas pela equipe do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap).

Foi o que anunciou a delegada Danielle Garcia, coordenadora do Deotap, em entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira, 24, para falar sobre a conclusão da primeira fase do inquérito policial inerente à Operação Babel. A delegada informou que nesta semana, a equipe liderada pelos delegados Nádia Flausino e Gabriel Nogueira iniciará novas diligências para ouvir pessoas que ainda não prestaram depoimento. Nestes novos procedimentos, serão ouvidos ex-servidores da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que exerceram funções diversas naquela empresa pública durante a gestão do ex-prefeito João Alves Filho (DEM).

Entre as pessoas que deverão ser intimadas a prestar depoimento, conforme a delegada Danielle Garcia, estão integrantes da Comissão de Licitação da Emsurb, que exerceram a função no ano de 2013, período em que a Deotap detectou irregularidades na pesagem do lixo, que teria gerado superfaturamento em benefício da Torre Empreendimentos. Estas pessoas não foram ouvidas na primeira fase da investigação, conforme explicações da delegada Danielle Garcia, por falta de tempo.

Com réu preso [o empresário Antonio Torres Neto, sócio da Torre Empreendimentos continua preso], a polícia tem prazo máximo de dez dias para concluir e remeter o inquérito policial à justiça, o que efetivamente foi cumprido nesta etapa, sem a oitiva deste pessoal. A equipe da Deotap pretende concluir este segundo momento do inquérito, antes do Ministério Público se manifestar a respeito do destino dos 14 suspeitos já indiciados, conforme processo que está tramitando na 3ª Vara Criminal.

A delegada Danielle Garcia explicou que, até o momento, não vislumbra, nestes procedimentos, a influência do prefeito Edvaldo Nogueira, seja na gestão de Lucimara Passos, em 2010, seja na recente, com Mendonça Prado, nem também do ex-prefeito João Alves Filho (DEM) na gestão do então presidente da Emsurb, Júlio Flores. Estes três ex-gestores da Emsurb estão no rol dos 14 indiciados no inquérito policial concluído na semana passada. “A gente não visualizou nenhuma interligação com os prefeitos, seja com Lucimara Passos, com Júlio Flores ou com Mendonça Prado”, enalteceu a delegada.

Mas a delegada não descarta de novos rumos a partir das futuras investigações que deverão ser autorizadas pela 3ª Vara Criminal. “Mas processo é uma coisa interessante. A gente indicia os diretores, mas no curso do processo, quando as coisas se encaminham para uma sentença, o jogo pode mudar. Tudo é possível”, enfatizou.

Por Cássia Santana

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