![]() |
Márcio Macedo conduz audiência na Câmara (Foto: Assessoria Parlamentar) |
Dando prosseguimento aos debates sobre planos setoriais na Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC), da qual é presidente, o deputado federal Márcio Macêdo (PT) coordenou mais uma audiência, na tarde desta terça-feira, 13. Desta vez, sobre o Plano Setorial de Redução de Emissões da Siderurgia e do Plano Indústria. Os técnicos Beatriz Carneiro e Demétrio Toledo Filho, representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, participaram das discussões.
O primeiro plano visa a incentivar a utilização do carvão vegetal sustentável, oriundo de florestas plantadas, para uso na siderurgia. Com isto, pretende-se promover a redução de emissões, evitar o desmatamento de floresta nativa e incrementar a competitividade brasileira da indústria de ferro e aço no contexto da economia de baixo carbono.
Já o Plano Setorial de Reduções de Emissão da Indústria (Plano Indústria) tem por objetivo preparar a indústria nacional para o novo cenário futuro, em que a intensidade de emissões de gases de efeito estufa por unidade de produto será tão importante quanto a produtividade do trabalho e dos demais fatores para definir a competitividade internacional da economia.
Sobre o Plano da Siderurgia, Márcio Macêdo defendeu que se trabalhe pela substituição da matéria-prima para a produção de ferro-gusa, originária de floresta nativa por floresta plantada. “Precisaremos também melhorar o processo de conversão da madeira em carvão vegetal, controlando as emissões de metano do processo de carbonização. Esta substituição exigirá do Brasil um expressivo aumento do estoque de florestas plantadas, o que demandará crédito e fontes diversificadas de financiamento”, afirmou.
Das possíveis fontes de financiamento, o deputado citou os Fundos de Investimentos em Participação Florestal (FIP-Florestais) e o BNDES, além do Sebrae. “Quero dar especial destaque à ideia de fomentar os relacionamentos cooperativos entre produtores de carvão vegetal e indústria consumidora, com a finalidade de adequar esses produtores aos requisitos de qualidade e sustentabilidade das indústrias siderúrgicas, combatendo a informalidade e melhorando a qualidade ambiental do setor como um todo”, disse.
Em relação ao Plano Indústria, Márcio ressaltou que é preciso fazer a transição para métodos de avaliação da melhoria da produtividade baseados em sistemas de gerenciamento de emissões de gases de efeito estufa da atividade industrial. “Importante ressaltar que o Plano Indústria também adota como referência a meta de redução de emissões de processos industriais e uso de energia de 5% em relação ao cenário projetado para 2020 e que o papel desta meta deve ser, especialmente, o de estimular a melhoria da eficiência dos processos industriais e não um constrangimento ao crescimento econômico”, afirmou.
O parlamentar apresentou também algumas das estratégias delineadas no Plano, que servirão para facilitar a implantação de novos mecanismos de produção. Entre eles, destaca-se a criação de condições técnicas, institucionais e financeiras para que todos os segmentos da indústria possam realizar a gestão do carbono, a promoção e difusão de equipamentos e práticas que aliem competitividade e sustentabilidade através da eficiência no uso de energia e de materiais e o desenvolvimento de políticas específicas para os setores responsáveis pelos maiores volumes de emissões.
Fonte: Assessoria Parlamentar
Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B