Câmara debate inclusão de pessoas com síndrome de Down

Solange, o filho Samuel, a promotora Ana Galgane e a filha Alice (Fotos: Portal Infonet)

“Meu filho é igual, o que eu preciso é apenas ter mais cuidado com ele. Ser mãe de uma pessoa com síndrome de Down é uma bênção”. Foi o que afirmou Solange Silva Barreto de Souza, mãe de Samuel Isaac Silva, durante a Sessão Especial em homenagem ao Dia Internacional da Síndrome de Down, realizada pelo vereador Lucas Aribé (PSB), na manhã desta sexta-feira, 27, na Câmara Municipal de Aracaju.

Ela conta que antes tinha o pensamento de que o filho Samuel deveria ter um tratamento diferenciado por ter a síndrome. “Antes eu pensava que ele devia ficar sempre em casa e hoje meu filho é outro desde quando despertei e passei a lutar pela inclusão. Sei que ainda estamos engatinhando, fazendo o trabalho de formiguinha, mas não vamos continuar lutando”, ressalta.

Para a assessora especial da Secretaria de Estado da Saúde e ex-secretária da Inclusão Social e ex-primeira dama do Estado, Eliane Aquino, a sessão chama a atenção para as pessoas com síndrome de Down.

Sessão Especial aconteceu na manhã desta sexta-feira, 27

“Eu acho que um evento como esse nos chama a atenção para as outras pessoas terem um olhar diferenciado para a nossa causa. É claro que a gente ainda está muito distante do modelo ideal, com atendimento público, judiciário, de saúde, a gente ainda deve muito a essas famílias, a essas pessoas. Se olharmos para 20, 30 anos atrás, a gente teve um avanço, mas ainda é inadmissível encontrar com pais e mães aqui pedindo ajuda para matricular os filhos com síndrome de down na escola, não precisa ter isso. Nenhuma escola tem que fazer favor, é direito. Um evento como esse é muito importante, puxado por Lucas Aribé que vivenciou essa história e hoje é um vitorioso. Queremos ter vários Lucas Aribés dando oportunidades para que outras pessoas com deficiência tenham oportunidades na vida”, afirma Eliane Aquino que tem um filho com síndrome de down.

Plenário lotou

Segundo o autor do requerimento visando a realização da sessão especial, a luta pela inclusão é difícil porque a prática é muito diferente da teoria.

“Infelizmente a gente tem que dizer isso, muita gente tem muito discurso, sobe em tribuna para falar sobre as pessoas com deficiência, mas na prática não fazem. Quero aqui valorizar os abnegáveis, os pais, as mães e as instituições que estão fazendo o que o Poder Público não faz. Essa casa tem 24 vereadores e muitas vezes quando falamos de acessibilidade, somos mal entendidos levam para a questão política e algumas iniciativas são vetadas. Acessibilidade não é privilégio, não é utopia, é privilégio. Essa é uma sessão histórica pelo debate em si e pela oportunidade da divulgação dos trabalhos dos órgãos que trabalham em prol da inclusão de pessoas com síndrome de down”, enfatiza Lucas Aribé destacando a competência dessas pessoas que podem ocupar vagas no mercado de trabalho.

Lucas Aribé fala sobre a luta para garantir acessibilidade

Eliane Aquino: "Precisamos de vários Lucas Aribés"

A mesa foi composta por Ronaldo Martins de Souza, Murilo Oliveira (Associação Sergipana dos Cidadãos com Síndrome de Down – Cidown), Max Santos Guimarães (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Aracaju – Apae), Ricardo José das Mercês Carneiro (Ministério Público do Trabalho), Ana Galgane Paes (4ª Promotoria de Defesa dos Direitos do Cidadão de Aracaju), Eliane Aquino (Instituto Marcelo Déda) e Antônio Bittencourt (Secretaria de Direitos Humanos).

Por Aldaci de Souza

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