Após declarar apoio a Belivaldo Chagas (PSD), candidato a Governo do Estado, e a Fernando Haddad (PT), candidato à presidência da República, Eduardo Cassini, que concorreu ao cargo de governador pelo Partido Social Liberal (PSL) prestou Boletim de Ocorrência na 4ª Delegacia Metropolitana, por conta de ameaças à sua vida e a de familiares.
As intimidações teriam começado depois do vazamento de um vídeo em que ele aparece junto a membros do PT estadual. “Belivaldo, trabalhando com Haddad, vai ser ótimo para Sergipe. É o que tenho a declarar em relação a isso. Vivemos em um estado democrático de direito. Vejo muito radicalismo sobre mim, só porque declarei apoio a alguém”, lamentou.
Quanto aos ataques, Cassini procurou a Polícia Civil para que haja uma investigação. “Foi por orientação do próprio secretário de Segurança Pública. Agora vejo qual o lado radical. Vejo que fiz a coisa certa. Tenho suspeitas e quem seja. Estão nomeados e identificados”, disse.
Cassini se manifestou também por meio de nota oficial. Nela, ele se defende. “Sou fiel aos meus valores e a tudo que expus durante a minha campanha, aos meus projetos e à minha história. Se decidi apoiar os candidatos apoiados pelo PT é em razão da compreensão de que o projeto atual deles não conflitava com o meu projeto de Brasil, mesmo havendo discordância em alguns pontos. Entretanto, vi que numa democracia essas discordâncias são debatidas, compreendidas e resolvidas de forma política, não em forma de violência. Essa é a minha última manifestação durante o processo eleitoral pois me sinto acuado e intimidado, temo pela minha vida e pela vida dos meus. Peço aos que acreditaram em mim e me viram como um homem sério, honesto, digno, que entendam minhas razões e que não semeiem o ódio, pois ele pode nos destruir”.
Depois do episódio, o próprio Eduardo informou que protocolou o pedido de desfiliação do PSL.
Expulso
Ainda na última sexta-feira, 12, Eduardo Cassini foi expulso do PSL. O pedido foi enviado à executiva nacional da sigla. Ele, que concorreu ao Governo, desempenhava também o papel de tesoureiro do partido. O vice-presidente do diretório estadual, José Aguinaldo, disse encarar o caso com “decepção” e “estranheza”. “Foi expulso do partido e da direção, oficialmente. É muito estranho e, na política, a gente sabe o que acontece. É uma decepção, mas já é página virada. Isso foi feito para prejudicar o PSL a nível nacional”.
Quanto a uma possibilidade de apoio ao Governo no segundo turno, Aguinaldo afirmou que “Belivaldo que não vai ser”. “Por enquanto, nosso entendimento é não apoiar nenhum dos dois. Se vai existir alguma possibilidade com Valadares, o PSB nacionalmente tem uma posição contra Bolsonaro, então ele teria que declarar apoio”.
Por Victor Siqueira
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