Cotistas têm bom desempenho na Universidade Federal

Debate na câmara: apenas quatro vereadores presentes (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Os números são satisfatórios e mostram que a Universidade Federal de Sergipe (UFS) buscou o caminho certo quando instituiu o sistema de cotas para abrir maior oportunidade a alunos oriundos de escolas públicas e afrodescendentes no ingresso naquela instituição de ensino superior. A avaliação vem do pró-reitor de graduação Jonata Meneses, feita em sessão especial realizada na manhã desta segunda-feira, 16, na Câmara Municipal de Vereadores de Aracaju.

De acordo com os dados revelados pelo pró-reitor, o melhor desempenho dos cotistas é verificado na área de humanas e nos cursos mais concorridos. No curso de odontologia, por exemplo, a média ponderada dos cotistas supera a média conquistada por alunos egressos de escolas particulares. E quando se trata do curso de medicina, a diferença entre os dois grupos é mínima.

Enquanto a média ponderada dos cotistas no curso de odontologia é de 7,2, a média dos alunos egressos de escolas privadas é de 6,5. Já no curso de medicina, os cotistas apresentam maior média, mas em um ponto inferior à média dos não cotistas: 8,2 para não cotistas e de 8,1 conquistados pelos alunos egressos de escolas públicas.

Na área de exatas, a média cai consideravelmente tanto para cotista quanto para os egressos da rede privada. Neste segmento, a média geral de não cotistas é de 4,8 e de 3,7 para cotistas.

O pró-reitor demonstra satisfação com os resultados da pesquisa. “Os dados são muito positivos e nos mostram que a universidade está correta na proposta de inclusão através do sistema de cotas”, considerou o pró-reitor, que fez a apresentação com base nos relatórios produzidos em pesquisas realizadas pela própria UFS que avaliam a média ponderada, a taxa de abandono, a reprovação por falta e o perfil dos candidatos aprovados.

Pró-reitor mostra dados aos parlamentares

Quanto à taxa de abandono, o maior número está nos alunos egressos da iniciativa privada: 57% contra 43% entre os cotistas. É mais baixo também o índice de reprovação por falta: 55% entre os não cotistas e de 45% entre alunos oriundos da escola pública.

Apesar de proposta pelos parlamentes, por iniciativa do vereador Emerson Ferreira (PT), o plenário da Câmara de Vereadores permaneceu vazio durante a sessão especial para debater o sistema de cotas da UFS. Apenas quatro vereadores e alguns professores da instituição de ensino participaram dos debates.

Por Cássia Santana

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