Críticas à Igreja geram polêmica na Assembléia Legislativa

Francisco Gualberto: “Quanto mais miséria, mais gravidez intempestiva” (Fotos: Agência Alese)
O líder do Governo na Assembléia Legislativa, Francisco Gualberto, fez um duro pronunciamento na manhã desta quarta-feira, 14m voltado aos setores da Igreja Católica quem segundo ele, insistem em fazer campanha contra a presidenciável Dilma Roussef (PT) porque ela estaria a favor da prática do aborto no Brasil.

“Esses católicos específicos alegam que Dilma é a favor do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. O que não é verdade. Portanto, a igreja católica não tem o direito de agir dessa maneira para defender o seu candidato. Serra representa é a continuidade do governo FHC, quando 30 milhões de brasileiros viviam abaixo da linha de miséria no

Augusto Bezerra: Defesa em nome de D. Lessa
Brasil. Nesse tempo existia mais aborto clandestino, mais adolescentes em situação de risco. Então os setores que defendem isso, estão fazendo campanha a favor do aborto”, entende.

Segundo Gualberto, setor da igreja católica chegou a divulgar documento em certas paróquias pedindo para que a população não votasse nos candidatos do PT e muito menos em Dilma para a presidência. “Se a igreja quer o Serra de volta, com esse projeto a favor da miséria, ela própria está a favor do aborto. Quanto mais miséria, mais gravidez intempestiva, mais aborto clandestino. Falo isso com consciência porque sou católico convicto, batizado, crismado e com primeira comunhão”, ressalta.

Venâncio Fonseca: “A igreja tem liberdade de expressão”
Permissão

Francisco Gualberto disse ainda que a legislação brasileira aponta casos em que o aborto é permitido, como é o caso de risco de morte para a gestante e estupro. “Pessoalmente sou contra o aborto. Mas sou contra também ver alguns setores de uma instituição tão importante, como é a Igreja, faltando com a verdade, passando informações falsas para a população”, lamenta, acrescentando que no passado “a igreja praticou a inquisição, a venda de indulgências e outros atos que não são mais aceitos”.

Solidariedade

Em solidariedade aos cristãos, os deputados Augusto Bezerra (DEM) e Venâncio Fonseca (PP) também usaram a tribuna da Assembléia Legislativa nesta quarta-feira. Em nome do arcebispo de Aracaju, dom José Palmeira Lessa, quero ficar solidário por conta do pronunciamento do líder do governo [Francisco Gualberto (PT)] pela agressão feita a todos os padres”, alfineta Augusto Bezerra, acrescentando que na procissão de Nossa Senhora Aparecida, realizada no feriado desta terça-feira, 12, no conjunto Bugio, o arcebispo deixou claro que a igreja não é a favor de nenhum candidato, mas a favor da vida. “Nem a Ditadura Militar bateu assim na igreja”.

O deputado Venâncio Fonseca (PP) também falou sobre a polêmica. “O PT e Dilma Roussef precisam assumir a posição de serem favoráveis ao aborto e não agirem por questões eleitoreiras. A igreja é uma instituição que tem liberdade de expressão e de pensamento, sempre em defesa da vida”, destaca.

Por Aldaci de Souza

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