De geração em geração: políticos dão espaço aos filhos

Rafael com a mãe Susana Azevedo: “Ainda não tem nada definido”/Foto: Arquivo Pessoal

Filho de peixe, peixinho. Políticos sergipanos continuam “formando” os filhos para atuarem como seus seguidores na carreira, o que não é difícil para uma geração que nasceu entre panfletos, porta títulos, santinhos, calendários, enfim, com a casa cheia de eleitores e cabos eleitorais.

Para as eleições de outubro de 2010, quando serão escolhidos o governador de Sergipe e os deputados estaduais e federais, filhos de políticos já começam a se preparar para a disputa, a exemplo dos rebentos dos deputados estadual, Susana Azevedo e federal Jerônimo Reis. Existe ainda a possibilidade de o deputado Ulices Andrade, lançar candidatura do filho.

Na casa de Susana Azevedo, um impasse: o filho Rafael Azevedo, 24, que está concluindo o curso de Direito, pensa em candidatar-se a uma vaga para a Assembléia Legislativa para ocupar a cadeira da mãe.  Mas, o avô, Tertuliano Azevedo, é totalmente contrário.

“É uma coisa ainda a ser definida. O negócio é que meu avô não quer. Já nasci na política e me identifico com ela. Meu avô Tertuliano Azevedo foi político, meu tio, Guido Azevedo também e na minha casa comecei a conviver com a política logo cedo por conta da minha mãe que foi vereadora e agora é deputada”, ressalta Rafael Azevedo.

Conversando com a mãe de Rafael, a deputada Susana Azevedo, já se percebe a vontade de que o filho dê prosseguimento à política, vontade essa que esbarra no respeito ao patriarca da família. “Rafael adora, mas nada está definido porque meu pai não quer de jeito nenhum que algum integrante da família permaneça na política. E não é só meu pai. A minha família é toda contra”, enfatiza a deputada.

Jerônimo quer se dedicar aos negócios e trabalhar para eleger Fábio Reis
Tradição mantida

Diferente do que vem acontecendo na família do jovem Rafael Azevedo, na casa do deputado federal Jerônimo Reis, a coisa já está definida: o filho Fábio Reis, 32, que está concluindo o curso de Gestão Pública, será candidato nas próximas eleições para ser o sucessor do pai na Câmara Federal.

Caso Fábio Reis venha a se eleger, a tradição de pai para filho será mantida. É que o jovem é neto de um dos mais conhecidos políticos de Lagarto, o Arthur Reis. O pai Jerônimo Reis já foi vereador, prefeito, deputado estadual e atualmente ocupa o cargo de deputado federal. E a tia, Goreth Reis é deputada estadual. Sem contar, que o irmão, Sérgio Reis, já foi deputado federal.

“Estou trabalhando para me afastar um pouco da política e me dedicar aos negócios. Mas sei que com a campanha de Fábio não vou ter como parar por enquanto. Meu filho será candidato nas próximas eleições, mantendo a tradição”, anima-se Jerônimo.

Fábio Reis: “Vontade de contribuir”/Foto: Arquivo Pessoal
Vontade própria

Para Fábio Reis, desde menino pensa em entrar para a política. “É uma vontade própria de poder contribuir com a minha parte e quero fazer melhor do que meu pai”, ressalta lembrando que Jerônimo Reis está deixando a política para dar espaço a outras pessoas.

E assim, é cada vez maior o número de jovens que seguem a carreira política dos pais, avós, tios ou que a exemplo de Fábio Reis, já crescem com uma vontade própria de ocupar um cargo público.

Por Aldaci de Souza

 

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