Decreto da Prefeitura de Aracaju reduz número de garis

Garis lotaram as galerias da Câmara (Fotos: Portal Infonet)

Garis que trabalham na capital sergipana lotaram as galerias da Câmara Municipal de Aracaju na manhã desta quinta-feira, 10. Eles pediram apoio aos vereadores para que intercedam junto ao prefeito João Alves Filho (DEM), quanto à Portaria 5.095 que determina a redução de mais de 20% dos contratos, o que para a categoria, acaba em demissões.

“Nós viemos aqui pedir o apoio dos vereadores para que olhem por esses pais de família que podem perder o emprego a qualquer momento, caso seja levado à frente esse decreto do prefeito visando a redução dos contratos em mais de 20%, o que gera demissões. Mais de 30 garis já foram demitidos do início do mês pra cá e temos 178 garis que estão de férias e não sabem se vão voltar”, lamenta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza Pública e Comercial do Estado de Sergipe (Sindelimp), Rayvanderson Fernandes, o Montanha.

Rayvanderson Fernandes: "Garis em férias não sabem se vão voltar"

Segundo ele, trabalham atualmente na limpeza da cidade de Aracaju, 1.200 garis. “Nós estamos também com cerca de 300 garis para acompanhar a votação de um bloqueio nas contas da Prefeitura, o que também acabará refletindo nos trabalhadores”, acredita.

Vereadores

Vários parlamentares se pronunciaram em favor dos garis. Para Bertulino Menezes (PSB), os garis de Aracaju estão sendo cada vez mais prejudicados. “São recolhidas em Aracaju, 50 toneladas de lixo e quando os garis param a situação piora, mas a categoria já não recebe vale-transporte, vale-alimentação e agora o que é mais grave, essa portaria visando demitir 300 garis por meio do decreto 5.095. Todos os vereadores devem se somar a essa causa em defesa dos trabalhadores”, diz.

Bertulino Menezes: "Decreto visa demitir 300 garis"

“É bom deixar claro que nenhum vereador mandou reduzir os 20% do número de garis e que não é um projeto que veio para ser aprovado na Câmara, trata-se de um decreto do prefeito. Eu sou solidário a esse segmento, tanto que apresentei projeto criando o Dia do Gari, comemorado em 16 de outubro. Precisamos manter os empregos dos garis e a Prefeitura tem que assumir que quer tirar a Torre”, completa Emmanuel Nascimento (PT).

O vereador Iran Barbosa também usou a tribuna em favor da categoria. “Quero manifestar meu irrestrito apoio aos trabalhadores que aqui se encontram, pois nós nunca tínhamos vivido uma realidade como essa, da falta de respeito da Administração Municipal às garantias sociais e trabalhistas dos garis”, ressalta.

Emmanuel Nascimento: "Nenhum vereador mandou reduzir 20% do número de garis"

Iran Barbosa: "Nunca tínhamos vivido uma realidade como essa"

Ivaldo José culpa o Governo Federal

Já o vereador Ivaldo José (PSD), saiu em defesa dos garis, mas também da administração municipal. “É importante destacar que as prefeituras e as empresas estão vivendo uma crise que está vindo de Brasília pra cá. O que está acontecendo com relação à Torre/PMA é o reflexo de uma crise do Governo Federal, uma quebradeira geral e quando se quebra, se aperta o cinto que é arrochado no trabalhador. Há um decreto, não é um projeto”, enfatiza.

Os garis voltaram a cruzar os braços no início da manhã desta quinta-feira, 10, reivindicando a efetuação do pagamento dos salários e a Empresa Torre alega não ter recebido a dívida da Prefeitura de Aracaju, equivalente a cerca de R$ 28 milhões.

Por Aldaci de Souza

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