Marcelo Déda: "Não precisaremos convocar policiais de outros estados" (Foto: Portal Infonet)

“A população pode se tranquilizar. Eu tenho certeza que a festa vai se realizar com o brilho de sempre, com a alegria de sempre e com o policiamento adequado. Não faltará segurança pública no Pré-Caju. Não faltarão policiais. Ontem eu me reuni com a alta cúpula da segurança pública, examinamos a situação, analisei os esquemas que foram montados e estou tranqüilo”. A garantia foi dada na manhã desta quarta-feira, 18, pelo governador Marcelo Déda (PT), quando da visita às obras da Atalaia Nova.

A resposta foi à ameaça dos policiais militares de que não comparecerão à prévia carnavalesca, caso sejam convocados em dias de folga. “O Governo do Estado tem plena convicção que os integrantes da Polícia Militar de Sergipe, que são homens e mulheres de bem, compreendem a grande tarefa que tem que cumprir diante da sociedade sergipana”, ressalta lembrando que tirando Brasília, Sergipe é o estado que melhor remunera os seus policiais militares.

Marcelo Déda destacou que “a sociedade tem certeza e o Governo também que os policiais militares de Sergipe não vão cometer irresponsabilidades, não vão abandonar o posto, não vão deixar de cumprir aquilo que é obrigação legal de cada um integrante da nossa corporação. Não adianta tratar um assunto dessa gravidade como se fosse bate boca. Alguns líderes falando alguma coisa e o governador falando outra. Não vai acontecer isso”.

Indagado se haverá a possibilidade de convocar policiais de outros estados para fazer a cobertura da prévia carnavalesca, Marcelo Déda foi enfático: “Nem o secretario de segurança pública, nem as demais autoridades da polícia civil e da polícia militar consideraram que era o caso de convocar uma intervenção federal ou a força nacional. O ministro da Justiça colocou a disposição, obviamente que temos Plano A e Plano B, mas acreditamos plenamente que o Estado de Sergipe não vai precisar trazer policiais de outros estados para garantir a segurança do Pré-Caju”.

Punição

Quanto às punições prometidas pelo secretário de Segurança Pública, João Eloy, aos policiais que faltarem ao trabalho durante o Pré-Caju, o governador disse que em qualquer profissão, quando o trabalhador falta com as suas responsabilidades recebe uma punição.

“Imagine uma profissão como  a policia militar que subordina a hierarquia e a disciplina. Isso não é uma criação do Governo é da lei. A lei estabelece que o policial convocado para o serviço faltar, tem que receber uma punição. Isso é da lei, no Pré-Caju ou em qualquer momento”, entende.

Viaturas

Além do argumento de que estão em dias de folga, os policiais militares repudiam a falta de condições de trabalho a exemplo de irregularidades nas documentações das viaturas. Mas, Marcelo Déda disse que os problemas já foram resolvidos.

“Ontem mesmo os problemas foram sanados, não há uma viatura que não possa rodar. Até porque o estado tem condições de oferecer a todas as viaturas oficiais da policia, um licenciamento especial, porque não tem cabimento achar que um papel é mais importante que a vida. Você dizer que a ausência de um papel impede a ação de um órgão público para proteger um patrimônio e salvar a vida das pessoas, então essa parte de regularização das viaturas está plenamente satisfeito”, afirma.

Lei Orgânica

Indagado pela reportagem do Portal Infonet quanto às reivindicações dos policiais no que se refere à agilidade da Lei Orgânica, Marcelo Déda foi enfático:

“Não tem motivo. Nós estamos no recesso. O estado tem um cronograma. No meu discurso na solenidade de promoção da PM, eu disse diante da tropa que agora em 2012 nós vamos iniciar a segunda etapa do Plano de Modernização. Já aprovamos a Lei dos Coronéis, agora vamos entrar com as outras legislações: a Lei Orgânica, o Código Disciplinar, tanto da Polícia Civil como da Polícia Militar. E Sergipe inteiro sabe que a Assembléia Legislativa está de recesso. Agora é hora de muita tranqüilidade e de dizer que o Governo de Sergipe não vai permitir que a sociedade seja abandonada”, finaliza.

Durante entrevista coletiva também na manhã desta quarta-feira, 18, os policiais militares garantiram cumprir o que decidiram na assembléia: o respeito ao direito de folgas.

Por Aldaci de Souza