Delegada fará reconstituição na prefeitura de Capela

Documentos jogados (Fotos cedidas pela atual gestão/Arquivo)

A prefeita Silvany Sukita (PTN), de Capela, prestou depoimento na polícia civil na tarde desta quinta-feira, 26, sobre a situação que encontrou a prefeitura quando assumiu o comando do município no dia primeiro de janeiro. As denúncias, que envolvem suposto ato de vandalismo, estão sendo investigadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, em inquérito policial conduzido pela delegada de polícia civil Mariana Amorim, que atua naquele município.

A delegada já ouviu 12 pessoas, inclusive o ex-prefeito Ezequiel Leite (PR), que prestou depoimento na segunda-feira, dia 23. A delegada está aguardando o laudo pericial que revelará se houve ou não arrombamento na sede da Prefeitura de Capela, conforme informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).

Dependendo do laudo, conforme a assessoria, a delegada também solicitará perícias complementares para identificar digitais e também fará a reconstituição para analisar as circunstâncias em que a prefeitura foi entregue no início deste mês.A delegada solicitou da prefeita, segundo a assessoria, a apresentação da relação dos documentos que supostamente continuam desaparecidos.

Documentos incompletos

Após prestar depoimento, a prefeita conversou com a equipe do Portal Infonet e informou que ratificou, à delegada, todas as denúncias oficializadas no Boletim de Ocorrência. “As pastas estavam jogadas, computadores sem funcionar e com fios cortados e ainda não tive acesso a todos os documentos”, disse a prefeita. Segundo Silvany Sukita, os problemas ainda persistem, mesmo depois que o ex-gestor devolveu os documentos após notificação do Tribunal de Contas do Estado.

Prefeita ratifica denúncias na Delegacia de Polícia 

Ela informou ainda que, nos documentos que conseguiu analisar, localizou notas fiscais pagas correspondentes a 6 mil sacos de cimento. “E não sabemos onde este material foi aplicado, não encontramos projetos, nada”, disse. Além disso, Silvany Sukita observa que encontrou sete obras paralisadas, sem as respectivas licitações. “Os processos de licitação foram lançados no Sisap, mas não encontrei nada físico na prefeitura”, disse.

A prefeita revela que, nas pastas que conseguiu ter acesso, encontrou irregularidades na aplicação dos recursos do Piso de Atenção Básica da Saúde (PAB), que teriam sido usados para pagamento de despesas em autopeças e material de escritório, contrariando o que preconiza a legislação da Atenção Básica de Saúde. “Tudo foi explicado e, sem ser revanchista, quero que tudo seja investigado e que justiça seja feita”, enalteceu.

Perda de tempo

O ex-prefeito Ezequiel Leite considera que a prefeita está perdendo tempo com as denúncias que ele classifica como infundadas e que a atual gestora estaria fazendo manobras para decretar estado de emergência no município para conseguir formalizar contratos sem licitação. O ex-prefeito garante que não cometeu irregularidades e que todos os documentos inerentes a sua gestão foram devolvidos. “O que ela não achar, vá no Sisap que está tudo lá”, advertiu o ex-prefeito.

Ele garante que usou o cimento para pavimentar as ruas, que todas as licitações foram realizadas em consonância com a lei e que todos os detalhes estão disponíveis no Sisap. “Quando saí deixei todas as obrigações pagas. O que o nosso adversário comenta é que este dinheiro tinha que ficar em caixa para eles pagarem as dívidas, mas quem tinha que pagar era eu porque fui eu que licitei, paguei tudo dentro do mês e deixei R$ 2 milhões em caixa, sem dívidas para esta gestão”, observou, garantindo que vai provar que não cometeu irregularidades na prefeitura.

Por Cássia Santana

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