Ana Lúcia: resistência à aposentadoria parlamentar (Foto: Cássia Santana/Portal Infonet) |
A deputada estadual Ana Lúcia Menezes (PT) está se despedindo da atividade parlamentar e promete retornar às salas de aula no ano de 2019, momento em que retoma sua condição de militante de base partidária e na atividade sindical. “Não vou concorrer para ser representante da população, mas continuarei no bom combate até partir deste planeta”, enfatizou. “Enquanto a cabeça estiver pensando, estarei na luta, na resistência”, destacou.
No quarto mandato eletivo, a deputada poderia se aposentar pelo Legislativo, mas ela não aderiu ao plano de aposentadoria especial por não concordar com este mecanismo. “Seria aposentada como professora com muito orgulho”, enfatizou. “Não concordo com esta aposentadoria [especial criada no âmbito da Assembleia Legislativa] porque o parlamento não é uma profissão. O parlamento é uma ação que você coloca à disposição da população a partir de uma concepção, é o lugar onde você tem que mediar conflitos, onde se vai aprovar regras, as leis e normas da sociedade. Portanto, não pode gerar uma previdência própria”, analisa.
A deputada informou que desistiu da atividade parlamentar por questões de saúde. “A chikungunya [a deputada contraiu a doença no ano passado] debilitou muito a minha saúde e hoje sou uma pessoa classificada pelos médicos como de alto risco e eu não sou suicida, tenho responsabilidade e limite”, observou. Ana Lúcia garante concluir o mandato, até dezembro de 2018, pautada pelos mesmos princípios que nortearam sua vida partidária.
Ela não cita nome específico, mas garante que será substituída à altura por um dos militantes da corrente Articulação de Esquerda, do Partido dos Trabalhadores (PT). “Temos muitas lideranças, tanto no magistério, como na assistência social, na advocacia, no jornalismo… A articulação de esquerda tem um potencial imenso para escolher quem deve concorrer em 2018 e a velhinha aqui estará lutando para manter esta vaga”, brincou.
A deputada analisa como positiva a participação partidária no Legislativo e garantiu que já iniciou a trajetória nesta atividade ciente das contradições que iria conviver, geradas pelo modelo capitalista, declara-se preocupada com à nova realidade brasileira e diz estar com a atenção voltada para o arquivamento da Proposta de Emenda Constitucional 55, que congela investimentos no setor público. “A população precisa entender que as forças progressistas são aquelas que realmente defendem a inclusão social, a liberdade de expressão, a autonomia do ser humano”.
Por Cássia Santana
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