O crescimento do número de usuários de crack, o aumento da criminalidade e de execuções nas cidades sergipanas foram tema do pronunciamento do deputado estadual Antônio Passos (DEM), na manhã desta quarta-feira, 10, na Assembleia Legislativa.

A motivação do parlamentar foi o assassinato de uma comerciante em Ribeirópolis, no último sábado, 6, quando dois homens dispararam quatro tiros contra a vítima. Os suspeitos fugiram em uma moto em direção à BR-235 e até agora não foram capturados. Para Passos, os governos federais e estaduais deveriam atuar em parceria e de forma mais enérgica para diminuir o avanço de crimes bárbaros e que ficam sem uma solução da Justiça.

“Esses criminosos não vieram com rostos escondidos em capacetes como os de Itabaiana. Entraram no bar, executaram, pegaram a moto e fugiram. Ninguém sabe qual foi o motivo desta morte. Da mesma forma, está em aberto o caso do assassinato bárbaro do advogado Wellington Noronha, que morreu em outubro de 2008 e até agora ninguém sabe e ninguém viu. Ele foi executado em um canavial na cidade de Laranjeiras. Os olhos foram arrancados e fizeram uma série de barbaridades, mas ninguém foi punido”, relatou o deputado Antônio Passos, que pediu uma investigação mais profunda para os crimes de homicídio.

Antônio Passos ressaltou que a violência e o consumo de drogas atingem todos os 75 municípios do Estado. Ele lembrou que há mais de uma semana o helicóptero da Polícia Militar sobrevoou a cidade de Ribeirópolis atrás de integrantes de uma organização criminosa do Rio de Janeiro, que queriam fazer uma base no município, já que estão sendo perseguidos pela PM carioca. “Essas informações eu obtive de algumas pessoas ligadas à SSP. Ribeirópolis é uma cidade de 20 habitantes e não pode servir de base para crimes dessa natureza. É preciso ter uma ação mais enérgica. São essas coisas que deixam a população preocupada. Sei que a criminalidade não se acaba e não é um problema só de governo”, reconheceu Passos.

O deputado estadual citou a eficiência da atuação da polícia de Nova Iorque, nos Estados Unidos, que tem como lema tolerância zero, que apesar da população ser superior à de São Paulo o índice de criminalidade 5% abaixo dos crimes que acontecem na cidade paulista. Para Antônio Passos, o ajuste da polícia e a estrutura da corporação têm que ser oferecidos pelo presidente da República e pelas secretarias de Seguranças de todos os Estados do País.

“É preciso fazer um trabalho em conjunto em todas as unidades da Federação. Acabar com a criminalidade governo nenhum acaba, mas diminuir é possível. Basta ter e colocar em prática recursos e eficiência. Nós queremos paz. É isso que desejamos a todos os sergipanos”, concluiu Antônio Passos.