Desorganização marca coletiva de João Alves

João Alves teve de falar sem microfone (Fotos: Portal Infonet)

Uma verdadeira desorganização. Assim foi a entrevista coletiva concedida na manhã desta sexta-feira, 8, pelo candidato ao Governo de Sergipe, João Alves Filho (DEM), no Escritório do genro, o deputado federal reeleito, Mendonça Prado (DEM).

Como a assessoria não providenciou a mínima estrutura necessária, o entrevistado, que falou sem microfone, chegou a se estressar com os profissionais da imprensa em certos momentos. “Peraí, eu ainda estou falando com ele, depois eu falo com você”, dizia baixando as mãos dos repórteres que seguravam aparelhos celulares e gravadores. Alguns profissionais da imprensa se retiraram.

Os repórteres na tentativa de realizar os trabalhos ainda

João se esquiva dos gravadores
solicitaram à assessoria que organizasse a entrevista, mas foi em vão e com isso seguiu de maneira conturbada. Ao chegar, João Alves sentiu falta do microfone que somente foi providenciado ao final da coletiva e nem foi usado. Inicialmente mostrando-se tranqüilo, ele disse que ainda não tinha reunido a imprensa por problemas de saúde na família. “Minha neta Alice está hospitalizada em São Paulo e toda a família a está acompanhando”, diz.

“Agradeço aos sergipanos que depositaram a confiança em mim e quero dizer que não houve um caso no Brasil de um candidato que alcançasse 45,19% dos votos e não fosse para o segundo turno, mas digo isso sem nenhuma crítica. Tenho é que agradecer com muita emoção a forma tão carinhosa como eu era recebido em todos os lugares.

Eu vi cenas em sessões da capital no dia das eleições, as pessoas querendo me levar nos braços e no interior as pessoas me oferecendo galinhas de capoeira. Essa recepção calorosa reflete o que nós vimos durante a campanha mais pobre, mais humilde na história de um candidato em Sergipe, enfrentando toda a máquina e apenas com três prefeitos corajosos”, ressalta destacando ainda a adesão dos jovens à sua campanha.

Maternidade

João voltou a falar sobre a demora no funcionamento da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. “Precisamos contar com a ajuda da Justiça para que a maternidade funcionasse e eu quero aqui agradecer o empenho dos promotores Roney Almeida e Euza Missano, que lutaram com força e garra, mas lamentavelmente o Governo fechou a Maternidade Hildete Falcão”, afirma.

Vitória

O demista disse ainda que valeu à pena ter lançado a candidatura ao Governo de Sergipe. “Se vocês avaliarem o mapa eleitoral vão ver que de certa forma os sergipanos me deram a vitória. Foram 14 meses de casa em casa e de 8 a 9 meses andando sozinho. Eu seria o primeiro senador a ocupar uma vaga no Senado juntamente com a senadora Maria do Carmo, ou seja, marido e mulher senadores. Seria bom pra mim, mas não seria bom para os sergipanos”, acredita.

Luta

João Alves Filho enfatizou por várias vezes que continuará lutando. “A luta não acabou, vai continuar. Eu não sai da luta, perdi a eleição mas não quebrei um só princípio, foi a campanha mais enriquecedora da minha vida, estive com o povo olho no olho e estava devendo aos sergipanos o Plano de Governo, tendo feito no último dia de campanha”.

Artifícios

Na coletiva, João Alves disse que seu opositor Marcelo Déda usou artifícios sem princípios para ganhar as eleições. “Além da manipulação das pesquisas, podemos citar o desmando de dinheiro pelo Estado e a vinda às pressas, no final da campanha, do presidente Lula a Sergipe. Eu ataco o Governo, mas ninguém nunca me viu atacar a dignidade de Marcelo Déda. Eu amo Sergipe e quero dizer que trato o governador Marcelo Déda com o mesmo respeito de quando no momento das transições, me coloquei a disposição, dizendo que tinha intimidade em outros países”, completou.

Urnas

“Tenho que reconhecer que Déda foi um vitorioso, porque não importa como os votos chegaram às urnas, mas as urnas não mentem. Ele ganhou. Antes os candidatos encostavam-se em Déda pra conseguir votos. Agora vemos que Déda ganhou devendo favores, porque foi levado nas costas por outros políticos”.

Transposição

“A transposição não me dá voto. Os ribeirinhos ser recusam a acreditar que o rio São Francisco começa a morrer, mas eu vou continuar contra a transposição e vou lançar outro livro mostrando as conseqüências”.

2012

João Alves Filho disse que apesar de sentir novo para lutar, não vai falar  sobre o futuro político. “Eu não discuto hipóteses. Agora estamos pensando na vitória de José Serra à Presidência da República. Hoje à noite teremos uma reunião com as lideranças para mostrar que a luta continua, vou entrar de corpo e alma”.

Pesquisas

“As pesquisas no Brasil deixaram de ser termômetros para serem bússolas como bem destacou a Revista Veja. Quem mais me prejudicou foi a pesquisa do Ibope mostrando que eu estava 18% abaixo do meu adversário.

Por Aldaci de Souza

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