Dois anos da Operação Navalha: CUT realiza protesto

Operação Navalha comemora dois anos
Uma comemoração incomum com bolo cortado com uma grande navalha. Foi assim que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) protestou contra a falta de celeridade no andamento do processo que investiga os envolvidos na Operação Navalha, ação iniciada há dois anos. Além disso, a CUT cobrou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as contas da Companhia Estadual de Abastecimento (Deso) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O protesto aconteceu na tarde desta segunda-feira, 18, no Calçadão da João Pessoa.

De acordo com o presidente da CUT, Antonio Góis, onze sergipanos foram indiciados na Operação Navalha e o povo espera a resposta do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). “Queremos respostas sobre o andamento do processo e a devolução dos recursos públicos desviados”, afirmou Antonio Góis.

“Quem tem medo da navalha?”

Protesto aconteceu na tarde desta quinta-feira
Com o protesto desta segunda-feira, a CUT visa chamar a atenção da sociedade para que cobre resultados da Justiça, além de criticar os deputados estaduais que não votaram pela CPI da Deso e do TCE. “Se os deputados não tem medo da navalha, eles deveriam votar a favor da CPI para que todas as contas sejam apuradas”, ressaltou o presidente da CUT.

198 milhões

A Operação Navalha investiga o desvio de R$ 198 milhões por uma organização criminosa, integrada por empresários, empregados de empresa e servidores públicos, que tem por atividade principal a obtenção de lucros através da execução de obras públicas. Fraudes em processos de licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro são algumas das acusações.

CUT cobrou posicionamento de deputados
Em Sergipe, a operação investiga possíveis irregularidades na contratação de obras relativa à Adutora do rio São Francisco e de uma barragem em Poço Verde, pela Deso. Os recursos para essas obras são da União e já beiram os R$ 200 milhões.

Andamento

Segundo informações do Ministério Público Federal, em Sergipe, a Operação Navalha resultou em vários processos – sendo que o principal encontra-se, atualmente, no STJ.  Contudo, a denúncia ainda não foi recebida porque há uma discussão sobre a competência do processo. Isso porque quando a denúncia foi oferecida pelo MPF acusados como Jackson Lago (ex-governador do Maranhão) e Flávio Conceição (conselheiro aposentado) tinham foro privilegiado. Como os dois perderam seus cargos, aguarda-se pela retomada do processo.

Por Valter Lima

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