Eduardo Amorim preside audiência sobre telefonia

Eduardo Amorim amplia debate sobre serviços de telefonia no Brasil (Foto: divulgação)

O senador Eduardo Amorim (PSC-SE), presidiu na manhã da terça-feira, 20, a audiência pública com os presidentes das empresas de telecomunicações sobre a baixa qualidade dos serviços de telefonia móvel. Atenderam o requerimento do parlamentar os presidentes da TIM, Rodrigo Abreu; da Vivo, Antonio Carlos Valente da Silva; e da Claro, Carlos Zenteno.

No segundo momento da audiência participaram o presidente da Anatel, João Rezende, o presidente da SINDITELEBRASIL, Eduardo Levy, representaram a UNALE, os deputados estaduais Augusto Bezerra (DEM-SE) e Venâncio Fonseca (PP-SE), a promotora de Defesa dos Direitos do Consumidor do MP/SE, Euza Missano e o jornalista da Folha de São Paulo, Leão Serva.

Os participantes debateram o tema com os senadores das Comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCT) e de Serviços de Infraestrutura (CI).

O presidente da Vivo S.A., Antonio Carlos Valente, fez um breve relato em nome de todas as empresas. Segundo ele, há um conjunto de atividades sendo realizadas. São esforços do setor para manter o crescimento – a implantação de infraestrutura, a redução dos preços ao consumidor e o cumprimento de todas as metas impostas pelo órgão regulador. “A Vivo investiu em 2013 R$ 29, 3 bilhões, o que resulta em R$ 80 milhões por dia, um crescimento bastante significativo entre 2010 e 2013”, informou Valente.

Ao mostrar os dados da Vivo, Valente informou ainda que há no País 274 milhões de chips ativados, o que significa aparelhos nas mãos dos consumidores ou modens, sendo que 45% desses celulares podem acessar a banda larga com velocidade. “Esse crescimento representa uma cobertura de 85% no Brasil”, disse.

Mesmo com os questionamentos dos serviços com taxas elevadas e qualidade ruim o presidente da Vivo afirmou que o Brasil firma o compromisso de possuir um dos minutos mais baratos do mundo. Segundo ele, o custo médio entre as empresas é de R$ 0,15. “Com o crescimento avançado do País nessa área é preciso a instalação de mais antenas, com a quarta geração a infraestrutura exigida é maior. Não há como dá qualidade do serviço sem a implantação de infraestrutura”, disse Valente.

O senador Eduardo Amorim, voltou a reclamar dos baixos serviços de telefonia móvel e destacou a falta de cobertura no interior do Brasil, o parlamentar exemplificou com a situação do povoado Colônia Treze, Lagarto. “É lamentável que a cobertura não seja ampla no interior. Que os serviços sejam bons durante a Copa e após, temos que ganhar esse legado”, solicitou Amorim.

O presidente da TIM S.A. Rodrigo Abreu afirmou que os índices de reclamações são altos porque se trata do setor com mais usuários. “Temos sempre um destaque negativo entre os usuários, seja na Anatel ou no Procon, mas vale a pena analisar que esses índices quando estudados em percentual, são baixos”, afirmou Abreu.

Segundo o presidente da Claro S.A, Carlos Zenteno, a empresa está pronta para receber milhares de usuários internacionais durante a Copa do Mundo. "Toda a infra-estrutura foi desenhada por engenheiros internacionais. A nossa situação mais urgente são quanto aos estádios recém entregues", informou ao dizer ainda "os usuários perceberão um grande investimento da Claro nos próximos anos".

O deputado estadual Augusto Bezerra, participou do segundo momento da audiência com os presidentes das “Teles”, ele representou a UNALE. "A qualidade do serviço é ruim e a Anatel precisa investigar e aprimorar a qualidade. Depois de uma audiência como essa precisamos de respostas mais claras", afirmou Bezerra.

O telefone chamado não existe

O jornalista da Folha de São Paulo, Leão Serva, questionou na audiência ao presidente da Anatel, João Resende, sobre a famosa frase “o telefone chamado não existe”. Segundo ele, essa situação esconde um problema de congestionamento do sistema, na área em que o usuário está ou na operação inteira. Para Serva “Só que as operadoras têm metas que devem ser cumpridas e uma delas é que o número de chamadas frustradas por congestionamento do sistema não pode ultrapassar cerca de 2% ou 3% de todas as chamadas”, questionou.

Para a promotora de Direitos do Consumidor do Ministério Público de Sergipe, Euza Missano, os usuários precisam insistir nas denúncias contra os péssimos serviços, essa também é uma maneira de promoção da qualidade disponibilizada.

Fonte: Assessoria parlamentar

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