
A relação entre a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), e o vice-prefeito Ricardo Marques (Cidadania), voltou a chamar atenção da política sergipana. Em declarações públicas feitas na terça-feira, 4, a gestora afirmou que o vice não tem atuado de forma coesa com ela nem com o grupo político que os elegeu, e que Ricardo tem feito o que chamou de “política para si”.
“Uma prova tão certa do que eu estou dizendo é que ele escolheu, na verdade, a política dele própria, é que ele não se faz presente nem nas entregas significativas da cidade. A Sementeira, o problema que nós tivemos, por exemplo, de contemplar aqueles trabalhadores do transporte complementar, Residência Inclusiva; ele não se fez presente nessas ocasiões”, declarou a prefeita.
Emília lembrou que foi ela quem articulou o nome de Ricardo Marques para compor a chapa nas eleições municipais de 2024. “O vice-prefeito foi escolhido por mim. Fui eu que trabalhei o nome dele no grupo. No início, havia até uma certa rejeição, talvez por falta de conhecimento, mas eu, com calma e sabedoria, trabalhei o nome dele. Ele se tornou vice-prefeito, como o povo quis, assim como me fez prefeita”, completou.
As novas declarações vão de encontro com o discurso feito pela prefeita no dia 3 de outubro, quando Emília negou qualquer rompimento político após a saída de Ricardo Marques da Secretaria Municipal de Comunicação. Na ocasião, ela afirmou que a decisão havia sido tomada de forma consensual.
O que disse Ricardo
Em resposta às declarações recentes, o vice-prefeito Ricardo Marques se manifestou nas redes sociais, afirmando que segue comprometido com o trabalho e com a população aracajuana. “As mudanças de função dentro de uma gestão são normais e fazem parte da dinâmica política. Eu estou 100% dedicado ao trabalho do vice-prefeito, estando mais próximo da população, ouvindo as demandas e ajudando a resolver os problemas”, disse Ricardo. “O meu posicionamento está nas ruas, nas UBS, nas comunidades, nos terminais. Quem me acompanha sabe disso”, completou o vice-prefeito.
por João Paulo Schneider
