Especialista defende carreira única nas polícias

Especialista Marcos Santana (de branco) defendeu unificação das polícias (Fotos: Portal Infonet)

O debate sobre a unificação das carreiras nas polícias ganhou um ponto de vista do especialista na audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira, 6, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). O doutor Marcos Santana, da Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp) e professor de ciências sociais na Universidade Federal de Sergipe (UFS), entende que a unificação das carreiras será positiva. E crê que essa unificação vai valorizar o policial e reconhecê-lo como peça fundamental na Segurança Pública. Ele também classifica também o atual sistema de segurança como falido.  

A audiência ocorre justamente no momento em que associações militares divergem pontos de vistas quanto a unificação das carreiras. A sessão foi presidida pelo deputado Georgeo Passos (PTC) e contou também com a participação da União da Categoria Associada (Única), composta por praças da polícia militar e corpo de bombeiros, quais vêm defendendo a progressão automática como primordial dentro da corporação.

O soldado Williame Santos acredita que valorização se dá nas promoções de postos

Um dos principais motivos que leva o especialista Marcos Santana defender a unificação é a desmotivação dos policiais no atual sistema de segurança, além de no processo de ascensão não ser considerado investimentos de informação, portanto mérito acadêmico, as competências e habilidades do profissional. Segundo ele, quando não graduado de posto, o policial se vê rendido por “regimentos arcaicos” e isso tem implicado no crescimento dos índices de suicídios e afastamento por doença entre os policiais. “Passar 15, 20 anos no mesmo posto é algo absurdo. Praticamente uma vida ali e a sensação do policial é de tempo perdido, pois a instituição não está te reconhece e segue regulamentos arcaicos. Um profissional com esse sentimento de desvalorização pode prejudicá-lo emocionalmente e fiicamente e repercutir em desserviço”, declara.

No ponto de vista do soldado Williames Santos, presidente da Única, a valorização profissional se dá através da graduação de postos automática. “Muitos acham que a valorização para os policiais devem ser referente a valores, mas na verdade, ela deve passar necessariamente pelo ser e saber. É preciso esse reconhecimento, além da própria segurança jurídica”, disse em seu discurso. O PM ainda comentou sobre uma divisão dentro da corporação. “Existe uma dicotomia entre praças e oficiais. A verdade é que há duas polícias dentro da mesma instituição, que acaba desestimulando os praças”, lamenta.

Capitão Samuel lamenta divergência nos discursos mas acredita em entendimento

O deputado capitão Samuel (PSL) lamentou a divergência nos discurso dos militares mas acredita que tão breve haverá um acordo entre as partes. “Esses diferentes discursos sempre foram comuns. Cada entidade pensa de uma forma e tem esse direito. Os debates estão sendo feitos e logo a família militar deve chegar a denominador comum em uma assembleia geral”, opinou o deputado.

Por Ícaro Novaes e Raquel Almeida

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