Finalmente o governo de Sergipe, a União e também a Prefeitura de Aracaju afinaram o discurso e anunciaram a unificação de medidas para combater as manchas de óleo que estão se alastrando na região Nordeste, além de definir estratégias conjuntas para enfrentar as consequências futuras desse desastre ambiental. Essa unificação nas ações foi pacificada na tarde desta quarta-feira, 23, durante reunião do governador Belivado Chagas (PSD) e do prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) e auxiliares com o ministro Gustavo Canuto, do Desenvolvimento Regional.
O governador Belivaldo Chagas já modificou o discurso, compreendendo que a inércia do Governo Federal nos primeiros momentos seria uma consequência da falta de experiência do Brasil com esse tipo de desastre, até então desconhecido pelas autoridades brasileiras. E o prefeito Edvaldo Nogueira, apesar de ainda não mensurar o prejuízo que o município de Aracaju sofreu com essas manchas de óleo, observou que os impactos ainda serão observados no futuro, especialmente no meio ambiente.
Na reunião, os auxiliares do governo estadual fizeram um relato minucioso sobre as ações e a situação da faixa litorânea em Sergipe e o governador Belivaldo Chagas deixou clara a preocupação dos impactos atuais e futuros, que refletem diretamente na atividade econômica do estado de Sergipe e da sobrevivência das mulheres marisqueiras, que, diferente dos pescadores, não são contempladas com o seguro-defeso.
O ministro Gustavo Canuto assegurou que todas essas questões serão analisadas pelo Governo Federal e admitiu a falta de experiência da equipe governamental em Brasília para lidar com um desastre ambiental dessas proporções. “A gente está apreendendo e aperfeiçoando o sistema, mas o que está previsto no plano está acontecendo”, disse. E classificou como legítima a preocupação do governador Belivaldo Chagas e do prefeito Edvaldo Nogueira com os efeitos e as consequências futuras dessas manchas de óleo nas praias.
Segundo o ministro, a Marinha do Brasil já estimou investimentos na ordem de R$ 6 milhões para a região Nordeste, além dos R$ 2,5 milhões liberados para o Governo de Sergipe. O ministro garantiu que outros recursos serão liberados de acordo com as demandas, admitindo a necessidade de agilidade nas ações.
“É legítima a preocupação do governador e do prefeito de que a gente precisa ser mais ágil. A demanda do estado precisa chegar mais rapidamente ao centro de comando. Essa demanda precisa ser atendida com maior efetividade e a gente precisa ter apoio e ter gente”, ressaltou o ministro, referindo-se às reflexões dos técnicos sergipanos destacadas na reunião.
O Governo Federal já começou a liberar os equipamentos de proteção individual que devem ser utilizados pelo pessoal que está recolhendo as substâncias das praias. O ministro não destaca a possibilidade do Exército brasileiro ser mobilizado para atuar em Sergipe. Vai depender, conforme frisou, se houver requisição do comando unificado que está centralizado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
por Cassia Santana
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