Ex-secretário confirma fantasmas na PMA

Ex-secretário confirma fantasmas na PMA em depoimento ao MPE (Imagem: Reprodução de vídeo/MPE)

O ex-secretário de Articulação Politica e Relações Institucionais (Seapri) da Prefeitura de Aracaju, Roberto Góes, revelou em depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE), detalhes da sua passagem de seis meses pela pasta durante a gestão do ex-prefeito João Alves Filho (DEM). As oitivas fazem parte da operação Caça-Fantasmas, que investiga o esquema de nomeação de servidores que recebiam sem trabalhar na administração. Ele ocupou a função depois de Juvêncio Oliveira (DEM) e ficou até a chegada de Sérgio Viana.

Roberto contou à promotora que assumiu a pasta de modo interino por recomendação da ex-secretária de Governo Marlene Calumby, irmã do ex-prefeito. Ele era secretário adjunto da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplog) e, inicialmente, ficaria por 30 dias. “Chamei todos os servidores e falei que não haveria mudanças. Vieram diretores, chefes de gabinete. Depois, chamei uma funcionária do pessoal, que levou a folha salarial e me assustei: 89 servidores. Na reunião, tinha menos de dez pessoas”, relatou.

O ex-secretário contou que não houve adequações por orientação de Calumby e que indicou pessoas de sua confiança, que já o acompanhavam. “Sempre tem alguém que tem padrinho forte. Fui convocado pela secretária Marlene para não mexer na estrutura da Seapri, porque minha passagem era interina e o próximo quem faria as mudanças. Eu fui e comuniquei o fato. Falei que estava preocupado porque essas pessoas não trabalhavam. Perguntei como é que iria ficar. Ela disse que a maioria já tinha seção e que iria me enviar. Até o dia do fim do meu mandato, essas seções não chegaram. Essas pessoas eram apadrinhadas por alguém. Não sei por quem”, revelou o ex-secretário no depoimento divulgado pelo próprio MPE nesta segunda-feira, 9.

A promotora apresentou uma lista com onze servidores que teriam sido indicados por Roberto Góes e ele reconheceu cinco deles. “O prefeito ou a secretária nomeavam, e depois de dias, iria para eu assinar. Na realidade, não houve indicação pessoal. Assinei os decretos de nomeação de pessoas que não trabalhavam, lamentavelmente. Assinei até depois que saí da secretaria”, revelou no depoimento.

De acordo com o MPE, Roberto Góes não está sendo denunciado por não haver indícios de sua participação no esquema. O Portal Infonet procurou a defesa de Juvêncio Oliveira, que afirmou que não iria se pronunciar. A equipe de reportagem não conseguiu contato com os advogados de Marlene Calumby e do ex-prefeito João Alves FIlho. O Portal permanece à disposição. Informações podem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br  ou por telefone 2106-8000.

Por Victor Siqueira

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