Famílias contempladas com o aluguel social repassado pela Prefeitura de Aracaju temem o fim do benefício e realizaram uma manifestação no final da manhã desta quinta-feira, 21, em frente à sede da Prefeitura de Aracaju. Os manifestantes tentaram entrar no Palácio Prefeito Aloísio Campos e foram impedidos pela equipe da Guarda Municipal. De acordo com as pessoas que participavam do ato, muitos manifestantes, inclusive crianças, foram atingidas por jatos de spray de pimenta liberados pelos guardas municipais.
A Secretaria Municipal de Comunicação Social informou que a direção da Guarda Municipal desconhece casos de violência e que a GMA abrirá procedimento para apurar a denúncia. As famílias reclamam de atraso no pagamento do benefício e alertam para especulações de que o benefício será cortado. “A gente nem pode ter uma geladeira ou uma televisão. Eles [os fiscais da PMA] dizem que vão fazer visita e quando chegam abrem os guarda-roupas e se a gente tiver uma televisão ou uma geladeira, eles tomam o auxílio”, conta Maria Rosalina Sacramento Silva, uma dona de casa com três filhos e cinco netos.
Rosalina revela que recebe o auxílio moradia há cerca de nove anos e tem como meta lutar por casa própria. Ideal daquelas famílias que se posicionaram na frente da prefeitura. “A prefeitura tem terreno e devia dar o material que a gente consegue mão de obra pra construir”, sugere Roseane dos Santos, 26. “A prefeitura devia fazer o contrato diretamente com o dono da casa que a gente mora e não dá o dinheiro. Eles dizem que vão cortar e a gente vai sair de mãos abandonando”, complementa.
O secretário Antonio Bittencourt, de Assistência Social da Prefeitura de Aracaju, informou que esteve reunido com representantes das diversas ocupações do bairro Santa Maria no início da tarde. O que as lideranças queriam, segundo Bittencourt, era a presença de representantes da Prefeitura de Aracaju em uma reunião que deverá ocorrer entre os representantes daquelas famílias com o Governo do Estado. “Mas não posso invadir para participar de uma reunião para qual eu não fui convidado”, justifica.
O secretário nega atraso nos repasses e também assegura que a prefeitura não pretende cortar o benefício. Nesta quinta-feira, 21, ele autorizou o pagamento do benefício social, que deverá ser repassado às famílias até a segunda-feira, no máximo, segundo o secretário. O secretário nega que os fiscais utilizem a propriedade de eletrodomésticos como critério para a concessão do benefício. “Não existe isso. Isso é facismo, é muito esdrúxulo. Não procede”, reage o secretário. Para o Bittencourt, a manifestação não tem objetivos claros. “É uma manifestação sem sentido, coisa de quem não quer solução, coisa de quem quer criar acontecimento”, ressalta.
por Cássia Santana
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